Postado às 18h16 | 19 Abr 2025
E. Pegado Cortez
Advogado
Colaborador
Se olharmos a História, veremos que os EUA começaram a sua hegemonia industrial no primeiro quarto do século passado, que teve maximização de sua capacidade na 2a. Guerra Mundial e daí seguiu em frente por decénios.
Uma prova disso era a sua condição de produzir um navio por dia nos seus estaleiros, lá naquele conflito…
Hoje isto não existe mais e se diz que a capacidade da China já está em torno de 200 unidades/dia…
Não seria isto só um sinal de alerta ao nacionalismo americano e um risco político ao ocidente, considerando o tipo de governo não democrático chinês?
Neste ambiente de dúvida econômica global, que considero uma oportunidade ao Brasil em função da baixa alíquota imposta por Trump, pois a Economia é também a ciência das oportunidades e não temos obstáculos ao mercado americano, tipo Canal de Suez ou singrar pelo Sul da África…
Nesse ambiente de muitas opiniões apressadas, talvez por paixões políticas, ideológicas, wokistas ou mesmo antipatia pessoal, recebo de um amigo, economista, louco por Bolsa de Valores, assim por ações e que tem como ídolo o Buffett, um vídeo em que este cantou, tocou e não deu bolas à queda nas Bolsas de Valores …
Sim, Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo, não vende suas ações na baixa.
Aguarda sempre a passagem da onda e continua no jogo…
Não seria em demasia informar que se estima que 10% dos americanos são detentores de 90% das ações de empresas nas Bolsas e que 50% da população dos EUA ali não colocam suas poupanças…
Assim, penso que o Buffett, que tem mesmo milhões de dólares em ações, demonstra não ter preocupação com o oscilar do mercado mas eu, por ter um saber não 100% mercadológico como mecanismo indutor do desenvolvimento, teimo em não querê-las e assim não tê-las.
Nem nisso penso e acredito que muitos podem acreditar que sou contra quem tem. Não sou.
Apenas prefiro acreditar e, em tendo poupança eventual, investir no meu próprio negócio.
E assim vou vivendo sem ações, com preocupações naturais e humanas, não trumpistas ou buffettistas, a vivenciar esse meu mundo real.
Esse mundo a que me refiro é simples, tanto em pensamentos quanto em religião, sempre a me preparar à finitude inevitável da vida e ao encontro com Deus. O amanhã.
Outros, com todo o respeito aos que pensam em contrário, devem estar vivendo a angústia do perder, do ficar mais pobre, da queda financeira de empresas nas quais tanto acreditaram, talvez com total esquecimento do nosso destino fatal.
Sofrem no hoje, por vezes contra Trump ou quaisquer outros plantonistas políticos.
A estes o meu conselho seria:
Não se angustiem tanto. A Economia, ciência que estuda as oportunidades, sempre mostra o caminho do equilíbrio, por vezes noutros patamares de preços.
De Lisboa, minha querida Lisótima, para Natal, nossa Natalinda, 13.4.2025. EPCN.