Postado às 06h01 | 11 Abr 2020
O presidente Jair Bolsonaro voltou a passear por Brasília na manhã desta sexta-feira, pelo segundo dia consecutivo, em meio à pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro visitou uma drogaria no bairro do Sudoeste, ficou em frente ao balcão do comércio e não respondeu sobre o propósito da visita. Questionado sobre para mais onde iria hoje, respondeu:
- Eu tenho o direito constitucional de ir e vir. Ninguém vai tolher minha liberdade de ir e vir.
A primeira parada foi no Hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília. A visita não consta na agenda oficial, mas se tratou de um encontro de Bolsonaro com o corpo clínico do hospital, segundo fontes. Mais cedo, o presidente se encontrou com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, no Palácio da Alvorada. O ministro acompanhou o presidente na visita ao HFA.
Questionado sobre o que foi fazer no HFA, Bolsonaro disse que foi "tomar sorvete". Os jornalistas insistiram na pergunta, e Bolsonaro respondeu então que foi "fazer teste de gravidez".
Após deixar o hospital, o presidente visitou uma drogaria e, em seguida, o seu apartamento no Sudoeste, que tem desde quando era deputado federal e recebia auxílio-moradia. Hoje, lá mora seu filho Jair Renan. Ele faz aniversário nesta sexta-feira, 10 de abril. Enquanto visitava o filho, moradores do bairro se dividiram entre gritos de apoio, "panelaço" e vaias ao presidente. Ao sair, Bolsonaro não comentou a visita. Quando deixava o local, chegou inclusive a passar o punho no nariz antes de cumprimentar apoiadores.
Defensor da reabertura imediata do comércio, o presidente foi ontem a uma padaria, em Brasília. Durante o trajeto o presidente recebeu manifestações de apoio, mas também ouviu vaias. Ao voltar para o Palácio da Alvorada, conversou com apoiadores e voltou a defender que todas as atividades econômicas são essenciais.