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Shoppings investem em tecnologia na reabertura em São Paulo

Postado às 05h19 | 11 Jun 2020

Câmeras termográficas, com inteligência artificial para aferição de temperatura, botões de elevador ‘no touch’ já estão instaladas no Iguatemi, comandado por Carlos Jereissati Filho. Já no Shopping Cidade Jardim, onde já foram realizados testes em 100% dos funcionários, será mantido o céu aberto, aproveitando o ar livre para privilegiar a circulação natural do ar. Jereissati Filho, CEO do Grupo Iguatemi, contou à coluna que investiu R$ 600 mil em tecnologia para a reabertura dos quatro shoppings de SP – Iguatemi, JK, Pátio Higienópolis e Market Place. Já José Auriemo Neto, do Grupo JHSF, aproveitou a quarentena para fazer reforma geral no empreendimento – investimento de R$ 4 milhões.

Com a experiência de quem já reabriu, na flexibilização da quarentena, onze shoppings em SP, RS, SC e BSB, Jereissati Filho atesta que “o fluxo é menor, mas a conversão é maior”. Ou seja, quem vai, compra. “As pessoas estão sendo respeitosas com o horário e adaptadas às exigências dos protocolos. Isso é importante para termos nosso ‘normal’ de volta”.

Auriemo Neto está com boa expectativa. O empresário retorna sábado de Punta del Leste, onde passou o último mês, para acompanhar de perto a reabertura do Cidade Jardim. Sem experiência ainda com reabertura de shoppings, contou à coluna, por celular, sobre o hotel Fasano Boa Vista. “Voltamos a funcionar há duas semanas e temos tido ocupação total”, comemora, explicitando que observaram todos protocolos internacionais para dar o máximo de segurança aos seus hospedes.

 

Ambos os empresários consideram “compreensível” certo receio dos clientes nesse retorno, mas acreditam que está na natureza das pessoas o desejo de se encontrar e… comprar. “O cérebro humano tem dois picos de satisfação: o primeiro é comprar e o segundo, doar”, afirma o CEO do Iguatemi, citando Tal Ben-Shahar.

Os dois grupos também atuaram forte para dar suporte aos lojistas. “Na pandemia, suspendemos os aluguéis para poder continuar viabilizando o negócio. E nessa volta vamos analisar caso a caso no suporte comercial, principalmente com relação ao valor mínimo do aluguel”, adianta Auriemo.

Já a rede Iguatemi suspendeu 50% do aluguel do mês de março, isentou 100% em abril e neste mês de maio também. Concedeu descontos no pagamento de fundo de promoção que variam de 60 a 100%, a depender da praça, e antecipou a redução de 10% do condomínio.

E os prejuízos? Os empresários preferem não fazer as contas, nesse momento que pede, entendem eles, “união”. “Teve lojista pagando 20% do seu custo total. A indústria como um todo – não só shoppings – foi a mais generosa no mundo que eu tenha conhecimento, na pandemia”, atesta Jereissati.

E todas lojas toparam reabrir? Sim, respondem. Terão que ser observadas as novas normas: medição de temperatura, contagem de pessoas, máscaras obrigatórias, viseiras para os funcionários… Restaurantes, salão de beleza e academias de ginástica ficarão para uma próxima fase de abertura. E as praças de alimentação só funcionarão com take away como tem sido desde o inicio da quarentena.

A principal regra? Shoppings só poderão retomar com 20% de sua capacidade. Jereissati faz questão de passar nos seus quatro shoppings para conferir a operação e…“aproveitar para fazer minhas compras do Dia dos Namorados”, brinca.

 

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