Postado às 16h34 | 18 Mar 2021
O senador Major Olimpio teve sua morte cerebral anunciada na tarde desta quinta-feira (18). O congressista, ex-apoiador do governo de Jair Bolsonaro, estava internado em estado grave com covid-19.
O anúncio da morte cerebral de Major Olimpio foi feito pelo perfil do senador no Twitter.
"Com muita dor no coração, comunicamos a morte cerebral do grande pai, irmão e amigo, Senador Major Olimpio. Por lei a família terá que aguardar 12 horas para confirmação do óbito e está verificando quais órgãos serão doados. Obrigado por tudo que fez por nós, pelo nosso Brasil", diz o tuíte.
Líder de seu partido no Senado, Olímpio se infectou com o vírus após uma romaria de prefeitos e vereadores no Congresso Nacional no fim de fevereiro, quando os políticos negociavam emendas ao Orçamento Geral da União.
Aos 58 anos, o ex-policial militar cumpria o seu primeiro mandato no Senado Federal. Foi eleito na onda Jair Bolsonaro em 2018, mas rompeu com o presidente por entender que ele traiu os seus eleitores ao se aproximar de figuras do fisiológico grupo de centro-direita Centrão e de romper com o seu próprio partido.
Antes de chegar ao Senado, Olímpio foi deputado estadual por dois mandatos e deputado federal por um. Passou por seis partidos diferentes e sempre se destacou por defender os interesses de policiais militares. Também denunciava crimes cometidos por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e fazia dura oposição ao Governo João Doria (PSDB), em São Paulo. Quando ainda era um aliado de Bolsonaro, uma de suas pretensões era concorrer ao Governo de São Paulo.
Foi candidato a prefeito de São Paulo em 2016 pelo Solidariedade. Chegou a se candidatar duas vezes para presidir o Senado, mas desistiu da candidatura. Em 2019, em apoio a Davi Alcolumbre (DEM-AP) e, em 2021, em favor de Simone Tebet (MDB-MS).
Olímpio estava internado no hospital São Camilo, em São Paulo, e antes de morrer chegou a ser intubado duas vezes. Ele é o terceiro senador a morrer de covid-19 desde março do ano passado. Os outros dois foram Arolde Oliveira (PSD-RJ), em outubro do ano passado, e José Maranhão (MDB-PB), no mês passado. Ele era casado e tinha dois filhos. (El País)