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Repórter que sempre fui: "gratidão a D. Eugenio (III)"

Postado às 15h18 | 20 Fev 2024

Ney Lopes

Comecei a trabalhar, sob a liderança de D. Eugênio Sales. Passei por vários órgãos da Arquidiocese de Natal. O “ponta pé” inicial foi como repórter na Emissora de Educação Rural de Natal e jornal A ORDEM, ambos veículos da Arquidiocese de Natal.

Ainda adolescente, convivi com o bispo Eugenio Sales, que era um sacerdote revolucionário.  Pregava a doutrina social da Igreja, a partir dos ensinamentos das encíclicas “Rerum Novarum”e “Mater et magistra” de João XXIII.

Nos anos sessenta, brasileiros e estrangeiros seguiam no “movimento de Natal” as orientações do “padre de Acari”, como D. Eugenio gostava de ser chamado. Certa vez, numa tertúlia com Jardelino Lucena, lembramos pessoas e fatos da época em que integrávamos a equipe do então bispo de Natal, D. Eugenio Sales

Atuavam em diferentes setores, dentre outros, os leigos professor Otto de Brito Guerra, Dr. Hélio Galvão, Dr. João Wilson, Ulysses de Góis, Felipe Neri de Andrade, Artur Vilar, Marco Antonio Rocha, Renira Lucena, Dermy Azevedo, Marco Aurélio de Sá, Marcos Guerra, Luiz Sávio de Almeida (alagoano que veio morar em Natal), o português perseguido pela ditadura salazarista Manuel Carlos Chaparro, Otomar Lopes Cardoso, Safira Bezerra, Julieta Calazans, Enélio Petrovich, Jurandir Navarro, Edson Lucena, José Rodrigues Sobrinho (presidente da primeira Federação de Trabalhadores Rurais do RN), José Martins, Maria Bezerra, José Bezerra Marinho, Terezinha Vilar, Artur Vilar, Alberico Leandro, Teixeira Rocha, Inês Guerra, Lurdinha Guerra, Marta Guerra, Ana Maria, Fátima e Ângela Guerra, Maria José Peixoto, sociólogo e professor holandês Eurico Van Roosmalen.

Emanuel Pereira (atual ministro do TST), Ivan Sérgio Freire, Tarcísio Monte, Francisco Assis Barboza, Guilherme Delgado, Leonila (Leó), Socorro Freire, José Eduardo, Conceição Moura, Célia e Clélia Vale, Lurdes e Lucia Santos, Joaquim Eloi Ferreira, Arlindo Freire, Assis Câmara, Salete Bernardo, João Faustino, Mariano (o eficiente chefe da gráfica que editava “A Ordem”), Gloria e Margarida (artesanato). Entre sacerdotes, freiras e seminaristas da época lá estavam D. Costa, D. Nivaldo Monte, D. Jaime (ex bispo da Arquidiocese de Natal), D. Matias (era sacerdote em Nova Cruz), D. Alair Vilar, D. Heitor Sales, Monsenhores Barros, Lucena, Eymard, Vicente, Agnelo Barreto, Lucas, Expedito e Severino, padres Lucílio, Manuel Barboza, Itamar de Souza, Raimundo Brasil, Monteiro, Penha, José Luiz, José Galvão, Vilela, Pio, Moacir, Tiago, Teixeira, Hudson, Armando, Pinto, João Perestrello (trabalho social em Mãe Luiza), Sátiro Cavalcanti Dantas e Américo Simonetti (Mossoró), Otto Sales, os irmãos Assis e Tarcísio, irmãs Lucia Montenegro e Clemis (Colégio das Neves) e tantos outros.

Talvez, o epíteto de conservador tenha sido atribuído a D. Eugênio, pelo fato de não concordar com as “ligas camponesas” do deputado Francisco Julião, que no Nordeste pregava a luta de classe. Ele implantou um trabalho de treinamento de líderes rurais cristãos. Disseminou os sindicatos rurais. E no RN, não prosperaram as Ligas Camponesas.

 

 

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