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Por que Rússia invade Ucrânia?

Postado às 06h23 | 05 Mar 2022

Após recesso, volto ao batente na coluna do jornal AGORA RN.

Momento difícil vive a humanidade.

O presidente russo Vladimir Putin, ao oprimir a Ucrânia, desafia não só a independência do país, mas também o sistema europeu amplo, que repousa sobretudo na inviolabilidade das fronteiras e da lei das nações.

Não houve nenhum evento comparável na Europa, desde a era Hitler.

Projeto – O império russo se caracterizou pela mistura de pobreza doméstica, opressão brutal, paranoia e aspirações de domínio global.

Sempre foi resistente à modernização – não apenas na época dos czares, depois com Lênin e Stalin e hoje também sob Putin.

Queda – A comparação entre a  economia da Rússia e a da China mostra que a renda per capita chinesa cresceu robustamente, enquanto os padrões de vida russos diminuem.

A globalização trouxe benefícios econômicos para os soviéticos.

Entretanto, a insensatez de Putin fará com que esses "ganhos" sejam perdidos.

Diferença - Putin leva a Rússia de volta ao século XIX, em busca da grandeza passada, enquanto a China avança para se tornar a superpotência do século XXI.

Ucrânia – Enquanto isso, a Ucrânia tem tentado escapar do ciclo interminável de pobreza, opressão e ambição imperial, adotando política  cada vez mais próxima da Europa.

Os ucranianos desejam ser democracia liberal de estilo europeu.

Putin entende, que isso coloca em risco o seu governo autoritário.

Razões - É por tal motivo, que Putin invade a Ucrânia, que paga o preço do seu povo desejar ser livre dos soviéticos.

Olho aberto

Visita - Em 2001 visitei a Ucrânia, durante uma semana, em viagem parlamentar.

Observei a cultura, avanços econômicos e sobretudo as aspirações políticas, em defesa da democracia, de um povo cordato.

A Catedral de Santa Sofia, do século XI, no centro da capital Kiev, patrimônio da humanidade, é algo extraordinário, na sua beleza arquitetôncia.

O papa Francisco apelou para que os russos não destruam esse monumento religioso, que guarda mais de mil anos de história.

Omissão – Votaram “abstenção” na  resolução da Assembleia da ONU, que condenou a invasão russa na Ucrânia, os seguintes países:

Argélia; Angola; Armênia; Bangladesh; Bolívia; Burundi; República Centro-Africana; China; Congo; Cuba; El Salvador; Guiné Equatorial; Índia; Irã; Iraque; Cazaquistão; Quirguistão; Laos; Madagascar; Mali; Mongólia; Moçambique; Namíbia; Nicarágua; Paquistão; Senegal; África do Sul; Sudão do Sul; Sri Lanka; Sudão; Tadjiquistão; Uganda; Tanzânia; Vietnã; Zimbábue.

China – Quem mais ganha com a guerra é a China.

A Rússia passa a depender cada vez mais desse país.

Putin busca a vitória  miluitar total com a invasão através das armas.

Os chineses integram-se às cadeias de produção e de comércio mundial.

O yuan pode sair dessa crise como uma moeda internacional.

Colapso - A Rússia está à beira de um colapso semelhante, ou até pior, do que a crise de 1998, alerta JPMorgan.

Economistas do banco esperam contração de 7% no PIB russo neste ano.

Na crise da dívida no fim da década de 90, a economia do país encolheu 5,3%

Nervosismo - À medida em que se aproximam os prazos para mudanças de partido, desincompatibilização de cargos públicos e celebração de alianças e federações, o ambiente político vai ficando mais nervoso.

Beco sem saída - Ciro Gomes e Sergio Moro compartilham uma situação complicada. Empatados em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, os presidenciáveis do PDT e do Podemos estão sem chances de alianças.

A disputa de outubro tende a ficar limitada entre o antipetismo e o antibolsonarismo.

RN – No RN em “banho maria” a candidatura do deputado Ezequiel Ferreira ao governo do estado.

Enquanto alguns, tidos como bem informados, dão como certo que o presidente da Assembleia anunciará sua candidatura no final do mes de março, o jornalista mossoronese Carlos Santos, um dos mais bem informados sobre a política potiguar, diz no seu blog, que "Ezequiel não será candidato ao governo em 2022.. 

"Não age por impulso , ou qualquer tipo de açodamento, ódio ou paixão.

"Move-se por aquilo que Napoleão Bonaparte definia como forças de qualquer homem sair da inércia: o interesse e o medo"

 Essa será a “última cartada” da oposição.

Rogério - Para o senado, o ministro Rogério Marinho mantém a sua ideia fixa de chegar ao senado. Fábio Faria viu que não tinha chances e preferiu garantir a candidatura do seu pai a deputado federal, caso ele se livre da inelegibilidade, na justiça eleitoral.

Injustificável - Não se justifica a exploração política, com versões desencontradas, sobre o fato do deputado federal General Girão ter se submetido a teste de bafômetro, após sair de uma festa familiar com sua família. 

Trata-se de fato normal, que não envolveu danos a terceiros, nem constatação de excessos na ingestão de alcool.

Reserva – O presidente transferiu o general de divisão e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para a reserva remunerada do Exército.

Ele pretende disputar o cargo de deputado federal pelo RJ nas eleições de 2022, pelo PL.

Ambições – É assim: militares, empresários e muitos condenam a política e os políticos.

Mas, quando há chances, todos são candidatos a mandatos eletivos.

Principalmente, os auxiliares do governo Bolsonaro, cujo discurso é sempre de condenar a política de forma genérica.

Parceiro - O presidente Jair Bolsonaro voltou a agradecer o "apoio" dado pelo presidente russo, Vladimir Putin, à "soberania da Amazônia". Chamou-o de “parceiro” do Brasil.

Prisão - A República Checa anunciou, que será considerado discurso de ódio quem defender a Rússia no ataque a Ucrânia.

A pena é um a três anos [de prisão].

 

 

 

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