Postado às 15h55 | 05 Dez 2024
Ney Lopes
No momento, o presidente Lula encontra-se numa posição delicada, embora seja mais popular do que os “companheiros” esquerdistas Gabriel Boric no Chile e Gustavo Petro na Colômbia.
Já o seu inimigo político – o ex-presidente Jair Bolsonaro – enfrenta a perspectiva de acusações criminais, por alegada tentativa de golpe após as eleições de 2022, e dificilmente participará da próxima eleição.
O Brasil entre 2022 e 2024 teve período atípico de três anos seguidos de avanços sociais e econômicos.
Repetir esse bom resultado e sustentar a tendência de queda será desafiador em 2025.
O desafio maior é Lula desde já definir se disputa ou não a reeleição.
Outra hipótese é sinalizar o candidato do seu sistema político.
Classe média
O cenário macroeconômico será certamente mais difícil, com a tendência de alta do dólar, preços internacionais e de alimentos.
No ambiente interno, ainda haverá incerteza em relação às medidas econômicas adotadas.
Os percentuais de miséria e pobreza devem ficar estacionados ou até registrar alguma alta.
Outra questão é que as chances eleitorais dependem da classe média, que na pesquisa representa 44% da amostra, percentual majoritário dentro do total.
Atrair parte desse contingente de renda média é crucial para Lula ampliar as chances de reeleição.
Um risco a ser levado em conta.
2026
No momento, aprovação de Lula caiu mais de 3,5 pontos percentuais para 47,1%, em relação ao mês anterior, aproximadamente.
A mesma parcela de brasileiros, de 47,3%, disse que não aprovava o presidente, o que significa que sua aprovação líquida caiu 5 pontos em relação a outubro.
Para 2025, a projeção do FMI para o crescimento do país cai de 2,4% para 2,2%.
Crescerá menos que a média do mundo.
O crescimento da Argentina em 2025, segundo o FMI será de 5%.
A alta expressiva torna o país como a principal economia que terá o maior crescimento na América do Sul.
Entretanto, o número de argentinos que vivem abaixo da pobreza aumentou de maneira significativa.
De modo geral a conjuntura global – sobretudo na América Latina – é de incertezas.
Mas, cada governo traçará os caminhos do futuro, já que aqueles que tentam evitar a incerteza, terminam por evitar possibilidades de soluções.
Chega a hora da definição de Lula, com os olhos voltados para 2026.
+ Dólar ontem começou a cair. Está abaixo de R$ 6 reais.
+ Hoje, o ministro José Mucio, da Defesa, é o mais credenciado e respeitado auxiliar do governo pela eficiente articulação que vem fazendo com as Forças Armadas.
+ A França em crise política. O Primeiro-Ministro Michel Barnier perdeu um voto de desconfiança. Desde 1962, nenhum governo francês foi forçado a sair dessa forma. A extrema direita mantém a França como refém, sem fim à vista.
+. Muitos falam de taxação de impostos, sem conhecer o mundo. Nos Estados Unidos, quando uma pessoa tem herança e ela morre, 40% da herança é paga de imposto. Como o imposto é caro muitos empresários fazem doação de patrimônio para universidade, para instituto, para laboratório, para fundações.
+Candidatos contrataram organização criminosa, que fornecia atores que se infiltravam em padarias, bares e filas de banco para fazerem fofocas e falarem mal do adversário. Esquema tinha até planilha de conversão de votos. PF está atrás.
1865 - Após o fim da Guerra Civil, o artigo 13 foi adicionado à Constituição dos EUA para proibir a escravidão.
2008 - Manifestações nas ruas começaram em Atenas depois que um garoto de 15 anos foi morto a tiros pela polícia. Centenas de pessoas ficaram feridas durante os protestos que levaram dias.
2017 - O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que os EUA reconhecem Jerusalém como a capital de Israel e levarão suas embaixadas a Jerusalém.
1880 – Buenos Aires é declarada capital da república Argentina
1951 - Depois de uma mobilização nacional sob o lema “O petróleo é nosso”, Getúlio Vargas enviou ao Congresso o projeto de criação da Petrobras.
1976 – Morre o 27º presidente do Brasil, João Goulart.
1998 – Seis anos após participar de um golpe fracassado, o ex-tenente coronel Hugo Chávez é eleito presidente da Venezuela.