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"Político que não enriqueceu na política" - Ney Lopes hoje no jornal "Agora RN"

Postado às 04h53 | 15 Jun 2021

Nunca é demasia lembrar a figura de Marco Maciel, falecido no último sábado.

Um exemplo a ser perpetuado.

De vocação política, iniciou-se aos 15 anos nas disputas estudantis em Pernambuco.

Perdeu apenas duas eleições em sua vida.

A primeira, em julho de 1963, para presidente da UNE, quando José Serra foi eleito.

A segunda, em 2010, para senador, 47 anos depois da derrota na UNE.

Estilo – Maciel tinha um jeito prático de fazer política. Fugia de embates e sempre que um problema surgia, ele logo dizia: “não vamos fulanizar”.

Quer dizer: não citava personagens envolvidos. Falava em tese.

Carreira – Na política foi de deputado estadual, em 1966, a vice-presidente da República no governo FHC, passando pelo governo de PE e vários mandatos de senador.

Centro – Foi o típico político de “centro” (liberal social).

Acusado de alinhamento com os governos militares, nunca assumiu posições autoritárias, mas ao contrário, ajudou até perseguidos pelo regime, punidos sem direito de defesa.

Democracia – Maciel sempre apostou na distensão política, sem ruptura institucional.

Liderou a dissidência no PDS, (1985), que fundou a Frente Liberal em apoio a Tancredo Neves contra Paulo Maluf

PIB– Conviveu com a elite econômica do país e exerceu imensurável poder político.

Dedicou-se a vida pública, sem ódio.

Morreu com patrimônio modestíssimo, deixando pensões do serviço público, cortadas pela metade na última reforma da previdência (????).

A sua esposa, Anna Maria Maciel, é socióloga, funcionária da SUDENE, por concurso.

Amizade  – O autor da coluna, mesmo antes de ser colega de Marco Maciel, na Câmara Federal,  já era amigo dele desde a política estudantil.

Curiosidade - Numa conversa informal foi descoberto, que Marco e Anna Maria casaram-se em Recife na mesma data em que o autor do texto casou com a Abigail (30.12.67), em Natal.

E mais: sem ter conhecimento, os dois casais passaram a lua de mel no Hotel Miramar, na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Olho aberto

Até quando? - Já está decidida a prorrogação da CPI da Covid. Irá até outubro.

Luz vermelha – A pesquisa da XP Investimentos revela números preocupantes em relação ao governo federal.

Desaprovação de 58% da forma como vem sendo combatida a pandemia e 62% apoiam os trabalhos da CPI.

Terceira via – De zero a dez, a chance de aparecer um candidato da terceira via capaz de ir ao segundo turno contra Jair Bolsonaro ou Lula em 2022 é de 3,5.

Distrito - Arthur Lira quer aprovar o chamado “distritão” para 2022, que altera o atual sistema de eleição proporcional, ganhando os mais votados.

Sobrevivência – Como sempre, os parlamentares votarão no sistema que lhes garanta o retorno ao Parlamento.

Melhorar o processo eleitoral fica para depois. Há possibilidade que as empresas voltem a doar recursos para candidatos e partidos

Limites- Tudo indica que as únicas mudanças para 2022 sejam: “federação de partidos” (união de dois ou mais partidos, para que atuem como sigla única), a imposição de limites ao poder da Justiça Eleitoral e acordo para o projeto sobre o voto eletrônico.

Azul e Latam - As notícias são de que a Azul negocia a compra da Latam. Levantam-se suspeitas de  que a operação seja concentração de mercado.

Camarão -  Empresa de camarão em Ipanguaçu, RN exportará 250 toneladas por mês do crustáceo para os Estados Unidos.

 

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