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Política não é para “amadores”

Postado às 06h00 | 14 Dez 2021

Na Grécia antiga, Platão dizia: "Se a política é uma arte, precisa ser exercida por quem entenda dela".

Exigiam-se pré-requisitos de competência, antes do candidato pretender assumir o cargo de representante do povo.

Conhecimento e experiência eram qualidades indispensáveis para os gregos.

Mudança –  No Brasil tornou-se rotina o desejo de renovação da classe política, porém sem o cuidado, de que os novos eleitos sejam qualificados ou não para o cargo.

Muitas vezes fala-se em tom jocoso do “político profissional”, como se a política fosse algo ruim, prejudicial às pessoas.

O ato de fazer política é indispensável e legítimo.

O problema está nas pessoas eleitas, despreparadas, sem espírito público, movidas por vaidade, ou sentimentos subalternos.

Exemplo – Bolsonaro, filhos e esposa fizeram política por anos seguidos.

Em 2018, ele se apresentou como “antipolítico” e convenceu a população.

Contrariou a lógica de que não há médicos não médicos, nem pilotos de avião sem experiência em pilotar. Logo, a política não pode ser exercida por amadores.

Muitos eleitos não têm a a menor ideia do que é um mandato, o que faz e as responsabilidades de um político.

Candidatos - A mudança é saudável para a sociedade.

Todavia, os candidatos precisam estar capacitados para funções políticas, mesmo que na vida privada exerçam certas atividades e propaguem "aparente eficiência".

O notório espírito público e a prioridade social são qualidades indispensáveis.

Não exigir tais pré-requisitos seria admitir um sacerdote sem caridade, ou um empresário perdulário.

Sebastian Piñera, presidente do Chile, milionário, o mais rico do país, deu no fracasso que deu.

Mauricio Macri, na Argentina, a mesma coisa.

Os dois saem enxotados do poder.

Exemplos que devem ser lembrados.

Cinzas de Ney Júnior

Amanhã, 15, com Abigail e família, colocaremos as cinzas de Ney Júnior, no túmulo do cemitério Morada da Paz.

Reverenciaremos a memória do nosso filho, lembrando o trecho da belíssima homília do amigo Padre João Medeiros, na missa de sétimo dia, quando tocou a todos nós afirmando:

“Foi feliz o imortal Vicente Serejo ao escrever, em sua coluna diária: “O ex-vereador Ney Lopes Júnior perde a vida prematuramente, aos 47 anos, depois de exercer a vida política sem qualquer mancha ao longo de sua jovem trajetória. Raro nesses tempos.”

Olho aberto

Apoio – Tudo indica que o União Brasil apoiará a candidatura de Sérgio Moro, indicando o vice. É o quarto partido, com quase 600 prefeitos e dispõe de estrutura financeira, tempo de propaganda de rádio e TV.

Secreto- Antes do final do ano, os olhos do Congresso estão voltados para a decisão do STF sobre o chamado orçamento secreto. Dinheiro fundamental para a reeleição dos atuais deputados.

PT - Geraldo Alckmin, hoje cotado para ser vice de Lula, disse sobre o PT em 2018, no “twitter”: “Jamais terão meu apoio para voltar à cena do crime, seus apoiadores são aqueles que acampam em frente à penitenciária”.

Alternativa- A desaceleração global da indústria e a redução do preço das commodities provocam uma tempestade na economia brasileira. O único instrumento para evitar a explosão dos preços é a alta dos juros. O ministro da Economia perdeu a credibilidade.  O difícil é que não há nomes para substituir Guedes.

Tensão – Ás vésperas da posse de André Mendonça, quinta próxima, o presidente voltou a atacar o judiciário, três meses após o armistício de 7 de setembro. Bolsonaro assim age para satisfazer a sua ala de fanáticos.

Hipocrisia – Todo cidadão tem direito de entrar na política. Mas, o acusador Deltan Dallagnol desdenhava os políticos, ao exibir-se no “power point” e pintar todos como corruptos e coniventes. Agora, filiou-se a um partido e quer ser deputado.

 

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