Postado às 03h50 | 03 Nov 2020
Com quase 100 milhões de votos antecipados e um número pequeno de eleitores que ainda se declaram indecisos, as pesquisas na véspera da eleição americana não registraram mudanças significativas no último dia. A vantagem de Joe Biden no voto popular em nível nacional é consolidada, mas ainda assim uma vitória de Donald Trump, apesar de improvável, não pode ser descartada.
Leia aqui análise de Guga Chacra com os cenários nos estados.
De acordo com a média nacional das sondagens, elaborada pelo site FiveThirtyEight, o ex-vice-presidente tem uma margem de 8,3 pontos percentuais em relação ao republicano. Biden tem 51,8% dos votos e Trump, 43,5%. A diferença é 0,3 ponto percentual menor que no dia anterior.
Como nos EUA a eleição é indireta e cada estado tem um peso diferente no Colégio Eleitoral, vencer no voto popular não garante necessariamente um triunfo democrata. Em 2016, Hillary Clinton teve 3 milhões de votos a mais pelo país, mas saiu derrotada após perder em estados-chave. Para que haja uma reviravolta, no entanto, as sondagens precisariam estar mais equivocadas que há quatro anos.
Nas últimas 24 horas, foram divulgadas uma série de pesquisas nacionais de qualidade diferentes que, em sua maioria, retratam um cenário sem maiores desvios da média.
Analítico: Cinco estados podem definir vitória acachapante de Biden ou reeleição de Trump
Dos 13 estados-pêndulo, onde Trump e Biden disputam voto a voto, também não há grandes alterações. O republicano chega na reta final liderando as intenções de voto em somente três destes estados disputados: Texas, Iowa e Ohio. Em todos eles, no entanto, a diferença é igual ou inferior a um ponto percentual.
Biden, por sua vez, tem diferentes margens de liderança nos outros dez estados, mas a vantagem não é suficientemente grande para lhe garantir segurança. É necessário prestar atenção especial na Pensilvânia, considerada por analistas como a mais provável fiel da balança na terça-feira e foco dos candidatos na reta final da campanha. O democrata tem uma vantagem de 4,8 pontos percentuais, um pouco acima da margem de erro.