Postado às 04h49 | 27 Mai 2020
Diário do Poder
O clima pode esquentar na reunião de diretoria, nesta quarta (27), da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Será a primeira depois que seu presidente, Paulo Skaf, virou réu na Justiça. Ele é acusado de corrupção e caixa 2. A expectativa é até de renúncia, por coerência: em 2016, Skaf defendeu a saída de diretor denunciado como maior devedor da União, mais de R$6,9 bilhões. E fez a Fiesp divulgar nota sobre sua “intransigência no combate à sonegação e corrupção.” A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O diretor da Fiesp Laodse de Abreu Duarte, cuja saída era defendida abertamente por Skaf, acabou renunciando ao cargo.
O artigo 27 do estatuto da Fiesp prevê a destituição de diretor no caso de “conduta incompatível com a ética, a dignidade e o decoro do cargo”.
Paulo Skaf virou réu na Justiça Eleitoral, acusado de levar R$5 milhões em propina e “caixa dois”, pagos pela Odebrecht, estrela da Lava Jato.
Embora solicitado por dois dias consecutivos, por meio da assessoria, a comentar sua situação na Fiesp, Skaf manteve-se em silêncio sepulcral.