Postado às 06h15 | 25 Jun 2020
Ney Lopes
Atualmente, o que mais tortura a humanidade são os receios de uma “segunda onda” da pandemia. Muitos países já em fase de de confinamento, temem nova catástrofe. De Portugal à Alemanha, passando por Espanha, já são vários os exemplos de agravamento das medidas de contenção e surgimento de novos surtos.
E não é só na Europa: países tidos como exemplares no combate à pandemia, como a Coreia do Sul ou a Nova Zelândia, também já voltaram a apertar medidas para evitar os contágios. Vejamos alguns fatos concretos.
A Espanha admite voltar à emergência, se a população não obedecer às medidas atuais de contenção. A Alemanha registra aumento gradual da taxa de infecção, após ter desconfinado. No Reino Unido, grupo de especialistas em saúde pública alerta para o "risco real" de uma segunda onda de contágios.
Nova Zelândia, cujas medidas sanitárias foram exemplares, surgem contaminações uma semana depois do país ter levantado as restrições.
Pequim ligou os alarmes, levando as autoridades chinesas a repor medidas de confinamento nas áreas novamente afetadas.
A Coreia do Sul, apontada como modelo de combate ao vírus, enfrenta segunda onda, cuja origem teriam sido festas e ajuntamentos em bares da população mais jovem. Em Tóquio, ocorre média diária de novos casos, desde que em 25 de maio foi levantado o estado de emergência.
Israel faz alerta dramático à população para uso de máscaras e distanciamento social, diante do risco de nova propagação do vírus.
Quadro dramático!
A essa altura, mais importante do que o isolamento, é a conscientização da população no respeito às medidas sanitárias. O Brasil terá que investir nessa área, como forma de atenuar o sofrimento nacional e abrir horizontes, inclusive para reabertura da economia.
Além dos governos, a responsabilidade recai – até em maior proporção – nos ombros das pessoas, cujo comportamento deve ser de prevenção e obediência às regras de saúde pública.
Infelizmente, o que se vê são autoridades desrespeitando tais regras. Lamentável!