Postado às 06h40 | 17 Jul 2023
Pelé, o Eterno!
Ney Lopes
O mundo proclama que o Brasil é o país do futebol.
Sem dúvida, esse é o grande orgulho nacional.
Por tal razão, não se justifica que a escolha de um treinador para a seleção brasileira coloque a Confederação Brasileira de Futebol de “joelhos”, suplicando que um estrangeiro venha para essa função.
Não se trata de discriminação, mas o país dispõe de quadros capazes e de competência reconhecida internacionalmente.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi humilhado, ao receber um “pito” por telefone do treinador italiano Carlo Ancelotti, que demonstrou profunda irritação com a notícia divulgada, de que ele viria para o Brasil.
O contrato de Ancelotti com o Real vai até o fim de junho de 2024.
Até lá, o Brasil terá seis partidas nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo.
No próximo ano, a seleção tem quatro amistosos confirmados, dois em março (contra a Espanha em março) e dois em junho.
Também em junho a Copa América terá início nos Estados Unidos.
O mais grave é que Ednaldo Rodrigues foi admoestado para ‘baixar o tom das declarações’ sobre a vinda de Ancelotti, que disse com todas as letras, ter compromisso com o Real Madrid, agora e no futuro.
Ele claramente, menospreza a Seleção para permanecer no comando do clube espanhol.
Antes de cotejar Ancelotti, o dirigente da CBF já levara um “fora” do treinador espanhol Pep Guardiola, que rechaçou qualquer aproximação, ainda no final do ano passado.
É inaceitável submeter uma seleção cinco vezes campeã do mundo a tamanha humilhação.
A responsabilidade é dos “cartolas”, que não demonstram capacidade para geri-la.
Há quase um ano a mais vencedora seleção do futebol mundial está sem técnico.
Fernando Diniz, profundo estrategista do futebol, foi chamado para “tapar buraco”, enquanto a CBF procura um profissional estrangeiro.
A estreia oficial de Diniz na seleção será em setembro deste ano, quando se iniciam as eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2026 que será co-sediada por Canadá, Estados Unidos e México.
Não há razões para tamanha vergonha.
O passado da seleção consagra os profissionais nativos vitoriosos cinco vezes em Copas do Mundo.
Estamos há 21 anos sem ganhar uma Copa.
Pelo visto, esse tempo irá prolongar-se, salvo se a CBF mudar a forma de administrar o nosso futebol.