Notícias

Opinião: "Venezuela neste domingo: “tudo ou nada”!"

Postado às 11h45 | 27 Jul 2024

Ney Lopes

Finalmente, neste domingo, 28, a realização das eleições na Venezuela, onde o presidente Maduro, no poder desde 2013, aspira o seu terceiro mandato consecutivo de seis anos, que o leve a 18 anos à frente do país.

Abençoado por Hugo Chávez como seu sucessor, Nicolás Maduro governa a Venezuela com mãos de ferro há mais de uma década.

O presidente disse que o foco do seu próximo governo será a educação. De acordo com ele, o Executivo já está trabalhando em um movimento de modernizar as unidades de ensino e promover uma política educacional ampla e que atinja todas as crianças do país.

Depois de 21 dias, a campanha foi encerrada. Foi o menor tempo de campanha em uma eleição venezuelana.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, deve permanecer atento ao processo na eleitoral Venezuela e estar preparado para as medidas com base nos relatórios da Técnica Eleitoral.

A Venezuela tem atualmente uma população de aproximadamente 29 milhões, com 21 milhões teoricamente elegíveis para votar nas eleições presidenciais. Apenas 69.211 venezuelanos dos 4,5 milhões de eleitores elegíveis que vivem no exterior estão atualmente registrados para votar.

Em 17 de outubro de 2023, foi assinado com o governo o Acordo de Barbados, no qual há o compromisso de aceitação dos resultados eleitorais pelas partes disputantes.

O candidato da oposição, Edmundo González, tem atraído multidões entusiasmadas durante sua campanha para derrotar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e pôr fim a 25 anos de domínio de seu partido socialista no poder.

Entretanto, o processo eleitoral foi marcado por violações de direitos humanos e irregularidades que mantiveram o campo de jogo desigual

As prisões de membros da oposição, desqualificações arbitrárias de candidatos da oposição e esforços para restringir ainda mais o espaço cívico prejudicaram severamente o processo eleitoral.

As eleições estão ocorrendo em um contexto de anos de abusos sistemáticos dos direitos humanos pelo governo e uma grave crise humanitária que forçou cerca de oito milhões de pessoas a deixar o país.

No final de junho de 2023, uma Controladoria-Geral da República, anunciou María Corina Machado, líder que foi ter impedida de dispuitar a eleição..

Em janeiro de 2024, o Supremo Tribunal decidiu também barrar ela, assim como Henrique Capriles, o líder da outra ala oposicionista.

Neste clima, os venezuelanos irão às urnas.

Os líderes da oposição Edmundo González e Corina Machado pediram aos eleitores que votassem cedo e fizessem “vigílias” nas seções eleitorais até o seu fechamento.

Eles disseram que esperam que os militares defendam os resultados da votação.

Agora, esperar para ver.

Não há outra alternativa.

Neste domingo: Venezuela tudo ou nada!

 

Deixe sua Opinião