Opinião: "Venda “on line” reduz até 80% no preço do remédio"
Postado às 16h57 | 19 Nov 2020
Ney Lopes
Nos EEUU é anunciada verdadeira revolução na venda de remédios ao usuário final. Trata-se da comercialização de produtos com até 80% de desconto nos preços de genéricos e 40% nos demais medicamentos.
A oferta é através da “Amazon”, uma empresa multinacional de tecnologia norte-americana, concentrada no e-commerce, computação em nuvem, streaming e inteligência artificial. É considerada uma das cinco grandes empresas de tecnologia, juntamente com Google, Apple, Microsoft e Facebook.
Agora, a Amazon lança grande farmácia on-line e causa pânico nas redes de distribuição de remédios. O chamado “negócio das farmácias” americano movimenta anualmente 300 bilhões de dólares (cerca de 1,6 trilhão de reais) nos Estados Unidos.
Há dois anos, a Amazon comprou a farmácia on-line PillPack por 750 milhões (cerca de 4 bilhões de reais). O anúncio de que essa empresa permitirá comprar medicamentos controlados e recebê-los gratuitamente em casa provocou queda acentuada nas ações das grandes redes de farmácias do país, como CVS, Walgreen e Rite Aid.
A inovação permite que o usuário crie um perfil seguro para despachar as receitas prescritas por profissionais da área médica, inserir seus dados de planos de saúde, comprar diretamente os medicamentos para recebê-los em seu endereço, com frete grátis e 48 horas para entrega.
A limitação de movimentos imposta pela pandemia, aumentou o volume de usuários, que preferem receber os medicamentos pelo correio, ou outra forma de entrega residencial. No Brasil, segundo a ABRAFARMA, as 26 maiores redes de drogarias do Brasil aumentaram o faturamento em mais de R$ 116 milhões só com a comercialização por meios digitais no primeiro trimestre deste ano.
O valor supera em 92% o resultado do mesmo período de 2019. Entretanto, até agora, não há sinais de redução acentuada dos produtos, como acontece nos EEUU.
Não há dúvidas, de que a Amazon também chegará ao nosso país.
E que chegue logo!
