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Opinião: "Turismo: a grande vítima do Covid"

Postado às 05h40 | 28 Jun 2020

Ney Lopes

O caos instalou-se na indústria do turismo, a grande vítima da pandemia. No RN, 84% das empresas do setor tiveram queda de 75% do faturamento, das quais 79% pequenos empreendimentos.

Dos hotéis, 57% tiveram cancelamento de 100% das reservas e o restante, 75%.

Em Mossoró, a festa tradicional do São João) movimentou em 2019 cerca de R$ 94 milhões.

Neste ano, com o cancelamento, a arrecadação caiu 40%, além do colapso de toda rede hoteleira.

A nível global, a previsão é perda bem superior a um trilhão de reais. Alguns governos, em verdadeiro “abraço de afogados”, suspendem gradualmente as restrições sanitárias, e tentam criar corredores de viagens seguras com a melhoria dos protocolos de segurança e higiene. Mas, é tarefa dificílima.

A ONU prevê retrocesso de até 40%, após a pandemia. Não somente as companhias aéreas estão sendo afetadas, mas também pessoas que não conseguem retornar às suas casas, pelo fechamento de fronteiras.

Na Tailândia, a ausência de turistas no “Parque de Elefantes”, símbolo do país, faz com que os mamíferos passem fome e terminem arrastando troncos, em madeireiras ilegais.

Em Cancun, México, cidade turística, os gigantescos hotéis e boates todos fechados e ruas desertas.

Las Vegas completamente paralisada e sem perspectivas de recuperação.

A cidade de Dubrovniki (Croácia), que conheci recentemente, no passado chegou a restringir a presença de turista, por superlotação e degradação de locais históricos. Hoje, vazia, e nem mesmo os moradores vão as ruas.

A Lufthansa, a maior empresa aérea da Europa, a beira da falência, implorando aporte do governo alemão de U$ 9 bilhões de euros. Já reduziu a frota em 100 jatos e dispensou cerca de 22 mil funcionários. Empresas aéreas concorrentes protestam pela ajuda à Lufthansa, alegando que distorce a concorrência no continente.

Diante desse quadro patético, a Organização Mundial do Turismo tenta despertar governos e organizações para que apoiem o “turismo”, considerado a espinha dorsal das economias globais.0

A única indagação é sobre “como” fazer para esse despertar!

 

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