Postado às 06h08 | 27 Ago 2021
Ney Lopes
Agrava-se a situação no Afeganistão.
Aconteceu ontem, 26, aquilo que muitos temiam.
Um atentado no aeroporto de Cabul no Afeganistão, duas bombas, detonadas em ataques suicidas, que provocaram várias vítimas mortais, mais de 90 civis afegãos, onde estão incluídas duas crianças, treze soldados americanos e mais de uma centena de feridos.
O que se percebe é ter sido “boa” a intenção de Biden, em acabar a mais longa guerra da história americana.
Entretanto, o radicalismo conspira contra essas intenções.
Os responsáveis pelos atos terroristas que agora voltaram à cena são os afiliados do Estado Islâmico, ISIS-K, considerado inimigo número um dos talibãs, braço regional da rede terrorista, que assumiu a autoria do atentado de Cabul.
Nas últimas horas, o ISIS-K se reforçou na capital afegã, onde conta com células adormecidas com o objetivo de perpetrar novos ataques.
Quadro complexo e difícil para Biden.
Além disso, as relações entre os talibãs e o Estado Islâmico não são cordiais, antes pelo contrário. Não se pode confiar nos talibãs para controlar estes grupos terroristas.
O ataque do ISIS-K vem complicar o processo de retirada dos cidadãos do Afeganistão e torna mais complexa a questão.
O ISIS-K considera-se inimigo dos talibãs, uma vez que acredita que estes abandonaram a fé islâmica pela sua abertura em negociar com os Estados Unidos.
Apesar de já terem sido resgatadas mais de 70 mil pessoas do Afeganistão, até quarta-feira, segundo dados do New York Times, existe um número indeterminado de pessoas que falta resgatar e que as autoridades dos Estados Unidos se recusa a especificar.
Enquanto isso, declarou Biden que “Para os responsáveis deste ataque, bem como àqueles que desejam o mal aos Estados Unidos, saibam isto: não perdoamos, não esqueceremos, vamos perseguir-vos e fazer-vos pagar. Vou defender os interesses do povo norte-americano com todas as medidas ao meu alcance”.
O propósito de Biden em sair do Afeganistão foi procedente.
Mas, enfrenta dificuldades, que não se sabe como irá superá-las.
O terrorismo voltar a ameaçar.
E não será fácil combate-lo.