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Opinião: "Terremotos no Rio Grande do Norte e na Bahia"

Postado às 17h16 | 31 Ago 2020

Ney Lopes

Neste domingo,30, milhares de pessoas no estado da Bahia entraram em pânico, diante da possibilidade de terremoto. Em Amargosa, o prefeito tranquilizava a população pelo “what up”, face as notícias de casas abaladas e rachadura vertical na Igreja de um distrito.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos foi registrado um tremor de 4.6 na escala Richter. O governo do estado atestou que o abalo sísmico foi o maior já registrado a Bahia, tanto pela magnitude, como em extensão, cerca de 400 km² de raio, atingindo o Recôncavo.

Foram vistos portões, janelas e camas trepidando, enquanto as pessoas tentavam entender o que acontecia. Escutaram-se hinos evangélicos nas ruas, prevendo o apocalipse.

Até agora, nenhum registro de feridos ou desalojados.

A informação é que o evento mais antigo na região baiana se verificou em dezembro de 1899, quando foi registrado um tremor de magnitude estimada 3.5. Em nosso estado (RN), constatam-se com frequência abalos sísmicos. Inclusive, ontem, no mesmo horário da Bahia, a terra balançou na região de Pedra Preta, no RN (magnitude 2.2).

No último dia 17, outro tremor, de magnitude preliminar 1.8, já tinha sido registrado na mesma localidade potiguar.

O maior sinistro no RN, o chamado “sismo de João Câmara”, consistiu numa série de abalos, no ano de 1986.

O terremoto principal ocorreu no dia 30.11, com magnitude de 5.1, seguido por milhares de réplicas. Um dos tremores alcançou a cidade de Natal e atingiu 4.3 na Escala Richter. Esse fenômeno, que se repete, tem o epicentro na Falha de Samambaia, entre as cidades de João Câmara e Poço Branco e não há como prever quando ocorrerão.

É a maior falha geológica do Brasil (38 km de extensão e profundidade próxima de 10 km). Bem próximo, está a falha geológica de Poço Branco, que contribui para os abalos.

Os fatos demonstram os riscos existentes no RN e na BA.

Cabe aos governos não descuidarem do trabalho de conscientização e prevenção.

É o único meio capaz de evitar desastres de grandes proporções, já várias vezes pré-anunciados.

 

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