Postado às 05h57 | 18 Nov 2022
Ney Lopes
Um fator determinante para o sucesso dos eleitos para cargos executivos é a normalidade do processo de transição.
A partir daí nascem as informações e ajustes necessários para as ações futuras de governos.
São Paulo está dando exemplo de como fazer uma transição civilizada.
O governador eleito Tarcísio de Freitas confirma a cada dia, significar realmente um quadro político que chega para ficar no país.
Ele adotou o princípio de “mudança sem ruptura” e vem montando toda a sua estratégia, sem traumas os choques políticos.
Dir-se-á que ele teve o apoio do atual governador no segundo turno.
Porém, isso não evita as pressões, inclusive originárias do próprio Palácio do Planalto, com nomes indicados pelo presidente.
Até agora, o novo governador tem agido com equilíbrio e bom senso.
Serve de modelo até para a transição presidencial.
Um ponto singular nos propósitos anunciados pelo governador eleito é a sua disposição em dialogar previamente com a Assembleia Legislativa para adequar o orçamento estadual em seu programa de governo.
Manifestou igualmente a intenção de valorizar o servidor público paulista, o que é um comportamento correto e pouco usado pela administração pública brasileira, que sempre penaliza o serviço público, em matéria salarial.
O governador eleito anunciou que trabalha com a possibilidade de manter a indicação de nomes técnicos, e afirmou que considera convidar parlamentares para ocuparem cargos em São Paulo.
Deixa clara, portanto, a sua disposição de dialogar com a classe política.
Bom começo, o do governador eleito Tarcísio de Freitas, em São Paulo.