Opinião: "Sobre acusações ao Ministro Rogério Marinho"
Postado às 08h00 | 05 Set 2020
Ney Lopes
Na mídia nacional, acusações ao ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento regional. Li a nota de sua assessoria jurídica, bem elaborada. Não tenho procuração, nem ligação próxima para defende-lo.
Até discordei de “algumas” de suas teses na reforma trabalhista e previdenciária, embora apoiasse ambas mudanças. Abordo o assunto, na condição de quem militou e acompanha há anos a cena política brasileira, especialmente do RN.
Realmente lastimável essa campanha difamatória contra personagem político, de um estado pequeno da federação, que galga posição relevante no país. Sei, por experiência própria, da existência de discriminação, especialmente contra nordestinos, quando se trata de ascensão a posições de destaque no cenário nacional. Sofri na pele, ao ser indicado como deputado federal, para relatar uma das leis mais importantes, à época, para o Brasil que era “marcas e patentes”.
Quando presidi o PARLATINO, a mesma coisa.
Certamente, a campanha contra o ministro Rogério Marinho tem a mesma origem, ou seja, a insatisfação pelo seu sucesso e o temor de que ele cresça politicamente, inclusive no RN. Não se trata de inocentá-lo de atos praticados há 15 anos atrás, quando era vereador em Natal. Essa questão é da órbita judicial e do MP. Por que reviver acusações que, se não foram julgadas até agora, provavelmente seja pela inconsistência de provas concretas?
Uma acusação não implica em condenação, antes do transito em julgado.
Quem gosta e quem não gosta do ministro Rogério Marinho no RN, reconhece o seu mérito de inteligência e capacidade política de articulação. A sua presença no ministério ajuda ao Estado, tradicionalmente ausente do debate nacional pela mediocridade e incapacidade da grande maioria dos seus representantes.
A abordagem desse fato não implica em defesa da impunidade.
Mas, também não justifica a ausência de solidariedade para quem está sendo notoriamente vítima de “algozes”, dentro do próprio Ministério federal, que para reinarem sozinhos, pretendem a afastar a sombra do conterrâneo Rogério Marinho.
