Postado às 07h44 | 07 Abr 2023
Ney Lopes
Hoje, 7, a Sexta-feira Santa, ou 'Sexta-feira da Paixão', é a Sexta-feira antes do Domingo de Páscoa.
É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.
Além da liturgia e os fatos bíblicos, a data envolve curiosidades constatadas ao longo da história.
Origem – Em 325 d.C., O Concílio de Niceia, presidido pelo Imperador Constantino e organizado pelo Papa Silvestre I, consolidou a doutrina da Igreja Católica, com a escolha das datas religiosas.
Ficou decidido que a Semana Santa seria comemorada por uma semana (do domingo de ramos ao domingo de Páscoa).
Simbolismo - Há um ato simbólico muito expressivo e próprio na sexta Santa, que retrata o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário.
A cruz, erguida, nas Igrejas, segue de pé como sinal de salvação e esperança.
Este é o momento da apresentação solene da Cruz à comunidade.
Em paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo, por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.
Mitos I – O Pe. José Eduardo de Oliveira relata uma história, que associa a mitificação em torno da Sexta-feira Santa.
Um homem resolveu desafiar Deus e comer frango no almoço daquele grave dia de jejum e abstinência.
De repente, teria aparecido um urubu e levado o frango embora, o qual, antes de ser levado, levantou-se e começou a cacarejar.
Mitos II– Outros diziam que não se penteavam os cabelos nem se varria a casa nesse dia; escondiam-se, portanto, os espelhos, como sinal de rejeição da vaidade.
Os mais velhos contavam que quem desafiasse tais preceitos e ousasse olhar-se no espelho, aparecer-lhe-ia, em lugar do reflexo da face, a Sagrada Face ensanguentada de Nosso Senhor coroado de espinhos, como sinal de reprovação daquela horrenda sensibilidade.
Mitos III - Os mesmos anciãos diziam que não se escutasse senão rezas ou músicas clássicas, tristes e penosas, e que não se ligasse de modo algum a TV, a qual deveria permanecer, neste dia, desconectada da tomada.
Judas – Existem outras histórias e lendas cristãs.
Na noite de sexta para sábado (Sexta-feira da Paixão e Sábado de Aleluia) ocorria a malhação do Judas, confeccionados de tecido e eram amarrados aos potes enforcados, em plena via pública.
Vi muitos Judas quando criança no bairro do Alecrim, Natal.
Nos quintais das casas, galinhas eram roubadas, um costume tradicional
Hoje poucos repetem esses ritos.
Inspiração – Pela violência e crises no mundo atual, a crucificação de Cristo, que nos remiu por sua morte e ressurreição, é o exemplo que permite a busca dos caminhos da Paz.
Senhor, tende piedade de nós!