Postado às 05h22 | 29 Dez 2023
Ney Lopes
Já batendo a porta de 2024, que será um ano de eleições.
Não se trata de pessimismo, mas olhar a realidade política e econômica do RN é constatar, que avanços, debates, inovações são palavras proibidas.
Os parlamentares, o governo estadual e municípios não são medidos por ações objetivas, através da criatividade de ações ousadas para a economia e área social.
Exceção à regra, apenas alguns empreendedores privados, que enfrentam dificuldades por pensarem com lucidez.
É hora de olhar pelo retrovisor para identificar acertos, erros cometidos e projetar o futuro.
O que se deseja para 2024 são os “atos” e “gestos” políticos voltados para o pensamento sério, soluções que tenham começo, meio e fim.
Jamais, o “toma lá, dá cá”, que garante “o apoio hoje” para ser “retribuído amanhã”.
O mais grave é que se faz essa troca de interesses em nome da ética dos partidos, num verdadeiro estupro aos valores morais e sociais.
A eleição de prefeitos e vereadores em Estado pequeno como o nosso, deve preceder cautelas quanto à confiabilidade e experiência para os cargos disputados.
Do contrário, o estado corre o risco de tornar-se menor, do que já é.
Infelizmente, o cenário de “artimanhas e jogadas” está pintado e quase emoldurado.
Para confirmar o óbvio é suficiente comparar o RN com estados vizinhos.
O Ceará investe mais de 5 milhões de euros com equipamentos tecnológicos de última geração para os laboratórios da sua rede de pesquisa científica.
A Paraíba atualiza o pensamento de Celso Furtado, de acordo com a Agenda 2030, da ONU, visando estimular inovações voltadas à melhoria do estado.
Participei na época que presidi o PARLATINO, da “IV Conferência da União Europeia com América Latina e Caribe”, realizada na Áustria com 60 chefes de Estado presentes dos dois continentes.
Desfrutei momentos de convivência com as personalidades presentes.
Era presidente do Parlamento Europeu o deputado espanhol Joseph Borell, hoje ministro das relações exteriores da União Europeia.
Sempre defendi um tratado comercial do Brasil com os países limítrofes no norte do pais, que seria o MERCONORTE.
Nestes países, vivem mais de 100 milhões de consumidores, que seria a porta de acesso para promover mudanças nos padrões de consumo e geração de milhares de empregos.
Falei a ideia a Borell e ele se entusiasmou.
Disse que na Europa os países confrontantes formam essas áreas comerciais, imagine mais de cinco países, envolvendo a área amazônica.
“Malhei em ferro frio”.
No RN, governo, a classe política e empresarial fizeram ouvido de “mercador”.
Depois, lembrei a construção em marcha da ferrovia transnordestina, que integra o Nordeste, com o seu trajeto criminosamente excluíndo do RN, sem que a representação política e empresarial do estado reajam.
Sugeri várias vezes mobilização política.
Nada ocorreu.
Prevalece a subserviencia ao governo federal, que decretou essa exclusão do nosso estado.
A chegada das águas do São Francisco, até agora, uma miragem.
Pequeno RN sem sorte!
Com a forma geográfica de elefante, a sua imagem na chegada de 2024 é de um mamífero deitado e sem ação.
Fazer o que?