Postado às 06h50 | 06 Dez 2022
Ney Lopes
”Sem viabilidade econômica, aeroporto do Grande Natal é elefante banco. A transformação do espaço adjacente ao terminal em área de livre comércio é uma das soluções possíveis” (Ney Lopes). .
Transcrição a seguir de trechos de entrevista concedida na edição de hoje do jornal AGORAN RN, editado em Natal, RN.
“O plano que falta para dar celeridade a relicitação é a viabilidade econômica do aeroporto.
“Sem isso será um elefante branco.
Como deputado federal e jornalista defendo há mais de 20 anos que o fundamental para o RN não é simplesmente o aeroporto, mas sim a transformação do espaço adjacente numa área de livre comércio, que significaria a implantação no Grande Natal de um polo exportador e turístico.
“Essa posição geográfica é a maior fronteira aérea e marítima da América Latina e Caribe.
Somente assim o empreendimento se transformará na oferta de milhares de empregos e novas oportunidades.
“Esse modelo de pleno sucesso vem da China e propagou em todo o mundo, como a Índia e os países do Leste Europeu (Rússia, Ucrânia e Polônia), Estados Unidos, México, Peru etc...
“ Serão muitas as vantagens para as empresas locais.
“Poderão ser fornecedoras das empresas localizadas na área de livre comércio/RN (estarão exportando para essas empresas); poderão se expandir dentro da área de livre comércio/RN, implantando nela suas atividades mais direcionadas para as exportações – e ganhando mais competitividade nos mercados externos;
“terão a oportunidade de se iniciar na atividade exportadora, sem ter que enfrentar as dificuldades de “garimpar” clientes no exterior, gastando muito dinheiro e tendo que negociar em contextos (e idiomas) estrangeiros.
“Na área de livre comércio, o empresário local estará logo ao lado, e negociará em português.
“Repito: viabilizar economicamente o aeroporto é o único caminho.
“O aeroporto não pode depender de tarifas dos usuários pessoas físicas que embarcam em aeronaves e as estatisticas flutuam durante as estações do ano.
O movimento de cargas é mínimo.
“Nem os stands de vendas de alimentos se sustentaram na primeira fase de funcionamento.
Nem irão se sustentar, se não forem tomadas as cautelas da viabilização econômica.
É mera perfumaria, sem efeitos estáveis, essa história de apelar para novos voos, nacionais e internacionais.
A sustentabilidade definitiva somente ocorrerá em processo competitivo, desde que o aeroporto se viabilize e ofereça bons serviços, em todos os níveis.
Inclusive, tornar-se-á processo natural a expansão nas redondezas, com a instalação de hotéis e até um centro urbano.
A experiencia mundial mostra que isso é possível.
É uma questão de visão a longo prazo de quem o dever de administrar o Estado.