Postado às 06h00 | 28 Mar 2021
Ney Lopes
Fato significativo para a Igreja do RN foi a concessão pelo Papa Francisco do título de Basílica Menor à igreja de Acari (RN).
É a primeira no estado a receber essa denominação. As basílicas são igrejas dotadas de especial importância para a vida litúrgica e pastoral de uma diocese e, por isso, possuem particular vínculo com a Igreja de Roma.
Não se pode negar ter sido a interlocução e prestígio do padre potiguar Flávio Medeiros, junto a Santa Sé, que permitiu ao Sumo Pontífice fazer justiça à Igreja de Nossa Senhora da Guia.
Neste templo, o Cardeal Eugenio Sales foi batizado.
A história mostra que a Paróquia de Nossa Senhora da Guia foi a primeira a ser desmembrada da antiga Freguesia da Senhora Santa Ana do Seridó, cujo território paroquial abrangia o que hoje corresponde ao território da Diocese de Caicó.
Essa Igreja foi construída pelo Padre Thomaz Pereira de Araújo, inaugurada em 1867, erigida em 1835 e uma das mais antigas do estado, por guardar forte expressão da piedade popular.
Segundo pesquisadores, a devoção a Nossa Senhora da Guia remonta, porém, ao ano de 1738, de modo que as cidades ao seu redor têm na cidade de Acari um referencial de piedade mariana e de decoro nas celebrações litúrgicas.
Tradicionalmente, a festa da padroeira é realizada no período de 5 a 15 de agosto e atrai centenas de devotos locais e visitantes.
O reitor da nova Basílica Menor é o padre Fabiano Mauricio Dantas.
O nosso estado concentra monumentos e atos litúrgicos católicos de grande notoriedade nacional.
Em Santa Cruz está a estátua de Santa Rita de Cássia, localizada no topo do monte Carmelo, que atrai peregrinos de vários estados.
O Santuário dos Mártires localizado em São Gonçalo do Amarante é um dos maiores polos de devoção do país.
Comemorações em homenagem a Santana (Caicó e Currais Novos), Reis Magos (Natal) e Santa Luzia (Mossoró) estão no calendário religioso potiguar.
Todos esses eventos e homenagens confirmam a tradição de fé cristã do povo norte-rio-grandense.