Postado às 07h53 | 29 Jun 2023
Ney Lopes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu pela quarta vez o presidente da Argentina, Alberto Fernández, em visita oficial ao Brasil.
A justificativa foi tratar dos principais temas da agenda econômica bilateral.
Entretanto, a verdade é outra. A grande motivação é essencialmente política, embora os temas econômicos sejam abordados.
Eleição -A Argentina vai escolher um novo presidente neste ano.
O atual presidente, Alberto Fernández, não vai concorrer. Mauricio Macri, que o antecedeu na Casa Rosada, também não, e nem a atual vice-presidente, Cristina Kirchner, que foi presidente por dois mandatos.
Calendário - O principal embate deve ser, mais uma vez, entre o peronismo de esquerda (herdeiros políticos de Juan Perón, que foi presidente da Argentina três vezes no século passado) e a centro direita.
O calendário das eleições é o seguinte: 11 de agosto: Prévias; 22 de outubro: Primeiro turno; 19 de novembro: Segundo turno.
Socorro - É caótica a situação econômica da Argentina.
Milhões de argentinos não conseguem sequer satisfazer suas necessidades básicas.
Segundo dados divulgados no fim de março pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, 4 em cada 10 argentinos são considerados pobres.
Alegando essa conjuntura adversa, o presidente argentino pede socorro ao amigo Lula, para evitar desgastes na eleição presidencial.
Líder mundial - Percebe-se, que as visitas de Fernández fazem parte de estratégia da esquerda na América Latina para evitar o naufrágio de “companheiros”, que chegaram ao poder na região.
O presidente Lula, com a sua ambição de tornar-se líder mundial, começa por tentar consolidar posições latino-americanas.
Tentativa -Já acenou para Maduro com uma reunião de presidentes que ele inventou em Brasília, unicamente com o objetivo de tentar recuperar a imagem do ditador venezuelano.
O tiro saiu pela culatra.
Até o presidente do Chile, notoriamente de esquerda, manifestou-se contra as posições de Lula e saiu da reunião antes do término.
Estratégia - Não é de todo condenável o diálogo de Lula com a Argentina, país vizinho que estava isolado do nosso governo, o que é ruim.
Entretanto, começar falando em moeda única é criar um sonho para que o candidato da esquerda argentina à presidência argumente em sua propaganda eleitoral, que somente ele terá condições de alcançar esse objetivo, que salvaria a Argentina do caos econômico, pelas ligações com Lula.
Tentativa de isolar o adversário.
Diferenças -Brasil e Argentina têm acentuadas diferenças.
Os dois Estados não poderiam ser mais distintos em suas políticas monetária e fiscal.
O Brasil tem uma taxa de câmbio livre e um banco central independente.
Já o banco central argentino está imprimindo dinheiro para compensar o déficit orçamentário, sem controle.
Plano - Conclui-se, que as visitas de Fernandez faz parte claramente de plano político para que um presidente da esquerda governe a Argentina, a partir de 2024.
Pura falácia!
Candidato - Jair Bolsonaro comentou com alguns aliados que, se não puder ser candidato ao Planalto, esse nome deve ser o de Tarcísio Gomes de Freitas.
Dos três governadores citados nas rodas da centro-direita, o de São Paulo é o mais próximo do ex-presidente.
Lealdade – Tarcísio virou candidato a governador numa construção promovida pelo ex-presidente e é leal.
Zema e Ratinho são independentes.
Continue errando ... -A imprensa registrou, que durante o recente XI Fórum Jurídico de Lisboa, o mestre de cerimônias chamou Tarcísio de Freitas de “presidente”.
A plateia gargalhou.
Falecimento - De pêsames a classe política do estado, com a morte de Abel Filho, ex-prefeito de Almino Afonso (um mandato) e de Rafael Godeiro (4 mandatos).
Conheci e era um homem digno, administrador exemplar.
Irmão do deputado estadual Doutor Bernardo.
Honra ao mérito- Justíssima a homenagem “em memoriam” prestada ao arquiteto Ubirajara Galvão pelo ‘Festival de Cinema de Natal’, na reunião do Conselho Estadual de Cultura.
A ideia partiu do jornalista Valério Andrade, memorialista, escritor e jornalista, que preserva a história do estado.
Aliás, Valério deveria ser convocado para missões na área pública e privada.
Talento potiguar que precisa ser melhor aproveitado.