Postado às 06h21 | 06 Mar 2024
Senador Garibaldi Alves, ao lado do filho Walter Alves, vice governador do RN. Ele foi homenageado ontem, 5, pelo Senado Federal.
Ney Lopes
2024 não é apenas mais um ano eleitoral. É o ano em que mais eleitores do que nunca na história estão indo às urnas. Pelo menos 64 países e a União Europeia, representando população combinada de cerca de 49% da população mundial, realizam eleições. O ano testará as democracias mais estáveis
No Brasil, as eleições municipais responderão certos questionamentos nos sufrágios dados. Continuidade ou mudança? Governabilidade ou instabilidade? Esquerda ou direita? As decisões do voto de uma população são vitais na formação da estrutura política do país.
A análise das taxas de participação eleitoral nas últimas duas décadas, revelou que, contrariamente à maioria dos países, as eleições municipais no Brasil mobilizam mais eleitores, do que as eleições estaduais ou nacionais. As circunstâncias do processo eleitoral têm um papel importante para o comparecimento na votação.
De um lado, a nacionalização do pleito em 2024 poderá ser um elemento decisivo. O traumático ressabio, deixado pela disputa de 2022, levaria ao aumento da presença do eleitor na urna, antecipando 2026. De outro, persistirão os riscos do desencanto com a democracia, a falta de entendimento sobre o processo político, a ausência de representatividade e a facilidade para justificar o não comparecimento
No Rio Grande do Norte, há um detalhe significativo, constatado por Paulo de Tarso, Diretor-presidente da empresa Consult. Cerca de 40,53% dos eleitores potiguares não se identifica com nenhuma posição ideológica, de direita ou de esquerda. Em pesquisa, esses eleitores confirmaram, que não confiam em “nenhum” partido político. O estado, politicamente acéfalo, tem cerca de 40% do eleitorado dividido entre direita e esquerda e apenas o ínfimo percentual de 2.75% alinhados ao centro político. Muito preocupante e difícil antecipar qualquer prognóstico! Tudo pode acontecer, inclusive nada.
A verdade é que os sinais são de que mudança substancial na política potiguar ainda é uma palavra muito distante. Prevalece o individualismo do eleitor, ligado aos políticos tradicionais como Lula e Bolsonaro e não a partidos, ou princípios ideológicos. É um dilema fazer com que as pessoas percebam, como a política pode melhorar a vida delas, através do diálogo e da participação.
Neste contexto, os indecisos terão papel especial, sobretudo na “reta final” das campanhas. Será preciso convencer quem ainda não foi convencido. Quem ainda tem o voto em aberto, poderá acabar por decidir o resultado final. “Olho aberto” será o recomendável na condução da eleição municipal de 2024, uma das mais decisivas em nossa futura história política.
HOMENAGEM
Merecidamente homenageado, o senador Garibaldi Alves Filho, ao lado de outros nomes da política nacional. na sessão pelos 200 anos do Senado Federal, ontem às 15 horas, em Brasília.
Ex-presidente da Casa Legislativa recebeu medalha em prata 999, banhada a ouro 18 quilates, com cunhagem de arte no anverso e no reverso e de numeração identificadora na borda, medindo 40mm de diâmetro. Parabéns!
Garbaldi Alves integra uma das famílias dominantes na política potiguar, tendo sido prefeito de Natal, governador do estado, deputado estadual e federal.
O seu pai exerceu mandatos de deputado estadual, governador e senador.
Ele é sobrinho do ex-governador e ministro Aluízio Alves e primo do ex-presidente da Câmara e Ministro de Estado, Henrique Alves, que ocupou a Presidência da República..