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Opinião: "O sepultamento do futebol"

Postado às 05h46 | 22 Jul 2023

Ney Lopes

Em aproximadamente um século e meio o futebol se tornou o esporte mais popular e ainda passa por mudanças no seu sistema.

O mais grave é que a política e o racismo tomam conta do futebol.

Essa é a conclusão, diante dos fatos notórios.

Durante muito tempo, o futebol conseguiu manter-se à margem das lutas políticas e ideológicas, sem interferência dos adeptos de todos partidos e sem partido, fascistas, liberais e comunistas, que torciam, lado a lado, nos estádios.

Brasil - Os exemplos de mudanças começam pelo Brasil.

Os jogadores negros na fundação do Grêmio, de Porto Alegre precisaram migrar para o coirmão Internacional para poderem ocupar espaços de jogadores profissionais, tal o preconceito.

Copa - Na última Copa do Mundo no Catar, os jogadores do Irã não cantaram o hino do país em sinal de protesto contra a violência do regime.

Os jogadores de Inglaterra ajoelharam-se antes de cada jogo, num pedido de desculpas às vítimas do racismo.

Os jogadores da Alemanha taparam a boca por não poderem usar as braçadeiras arco-íris símbolo do movimento LGBT, e a Dinamarca ameaça sair da FIFA, pelo mesmo motivo.

Fenômeno - Observa-se verdadeiro campo de lutas com discussões sobre o racismo, as liberdades, a guerra, as questões LGBT, etc.

As seleções são afastadas das competições por razões políticas, como aconteceu com a Rússia.

O mais grave é que parece ser um fenómeno irreversível.

Racismo - Veja-se o último episódio racista com o jogador brasileiro Vinicius Jr, atualmente no Real Madri.  

Quatro torcedores do Valencia - time contra o qual Vinicius Jr. jogava – penduraram um boneco, representando o jogador Vinícius enforcado em uma ponte de Madri.

Transformação - O futebol é o esporte com mais adeptos no mundo.

Por isso, as organizações políticas aproveitam como palco de sua propaganda.

Tal fenômeno, transforma as disputas em verdadeiros campos de batalha político-ideológicos.

O futebol tem de se tornar um espaço social e de transformação comunitária e não um circo de oportunismos, sonegações e enriquecimento.

Se isso não ocorrer, veremos o sepultamento do futebol.

Olho aberto

Avós e idosos – Amanhã, Domingo, 23 de julho, o 3º Dia Mundial dos Avôs e Avós.

O papa celebrará missa no Vaticano e o tema será “De geração em geração, a sua misericórdia”

Pinturas – Vale a pena visitar a exposição “A degeneração da arte”, na Pinacoteca do estado, na praça sete de setembro s/n. São obras dos artistas Alfredo Neves, Aluísio Azevedo Jr e João Andrade.

Livros – O amigo, advogado e intelectual, Diógenes da Cunha Lima, com mais dois livros lançados: “Pablo Neruda – Entrevista imaginária” e “O livro das respostas”.

Enriquece a vida cultural do estado e do país.

Russos – Aumentam as vendas de imóveis no Rio de Janeiro.

Motivo: a onda de compradores russos.

Reação – O presidente Lula prega o diálogo, mas não aceita críticas.

Como o presidente Boric, do Chile criticou a aproximação dele com Maduro, a reação foi grosseira e imediata ao dizer: “Boric é "sequioso", "apressado" e não está acostumado a participar de tratativas internacionais”.

Pegou mal!

Sucesso – Boric fez sucesso na recente reunião em Bruxelas.

Condenou ditaduras da Rússia e Venezuela e afirmou ser da nova esquerda, sem concessões a tirania.

Lula empalideceu.

Ônibus – Agiu certo a Câmara Municipal de Natal ao adiar a votação da isenção de ISS ás empresas de ônibus.

Sugestão: para retomar a votação deve ser exigida a prestação de contas anual dos benefícios concretos, que a isenção trará à população.

Todos os países de economia aberta concedem isenções, incentivos etc às empresas, porém exigem prestação de contas, com penalidades severas no descumpeimento das metas, salvo quando houver motivo de força maior comprovado..

Gafes - Ao voltar da Bélgica recentemente, Lula, em visita a Cabo Verde, cometeu a gafe de dizer que tem "profunda gratidão" pela África por tudo que foi produzido durante a escravidão no Brasil.

Lula tem acumulado gafes.

Em abril disse que pessoas com transtornos mentais têm "problema de desequilíbrio de parafuso".

Constituição indígena – Trinta e cinco anos após promulgada, a Constituição brasileira foi traduzida pela primeira vez para uma língua indígena: “o nheengatu”.

A versão é patrocinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“O nheengatu” – Na chegada dos portugueses ao Brasil haviam de mais de 50 idiomas, dialetos e variantes do tronco linguístico tupi na região.

Os jesuítas criaram o Nheengatu, uma língua geral, que passou a ser a mais falada no país.

No século XVIII foi proibida pela coroa portuguesa.

Caso Alexandre Moraes - A área jurídica critica a busca e apreensão realizada na residência dos prováveis acusadores do ministro Alexandre Moraes, em Roma.

Agressão verbal não tem conexão com qualquer coisa que possa ser encontrada na casa.

A diligencia estaria além das medidas necessárias para apurar o crime.

Outro ponto: a competência para apurar não seria do STF, mas sim da justiça federal.

(Coluna publicada hoje no jornal AGORA RN)

 

 

 

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