Postado às 05h27 | 23 Abr 2021
Ney Lopes
O presidente Bolsonaro falou na “Cúpula do Clima”. O seu discurso, segundo analistas, foi uma guinada em relação a falas presidenciais em fóruns internacionais e outras declarações.
Não se trata de defender se o presidente está certo, ou errado.
Trata-se, apenas, de dizer “não” a intolerância, de quem se declara democrata e só demonstra “intolerância”.
A mídia registra oposicionistas e ideólogos condenando o que afirmou Bolsonaro, pelo fato de que a sua política ambiental está errônea, até o momento.
Sou daqueles que não concordam com o pensamento do governo sobre meio ambiente, embora faça justiça as ações isoladas executadas pelo vice-presidente Mourão e as Forças Armadas, na Amazonia..
Porém, reconheço, até em nome do interesse nacional, que o atual governo tem o sagrado direito de rever as suas posições, como Bolsonaro fez ontem.
Não se justifica que, "por antecipação", sejam condenadas as metas lógicas e racionais anunciadas pelo presidente, apenas pela suposição de possível não cumprimento no futuro.
Todas as cobranças e fiscalização, de agora por diante, serão legítimas.
Como ser contra a redução em dez anos do compromisso de zerar as emissões, de 2060 para 2050?
O Brasil foi décimo oitavo país a pronunciar-se na Cúpula do Clima.
O discurso presidencial, realmente de mudança de postura diante do bem ambiente, foi ouvido pelos líderes mundiais.
Observe-se que o pronunciamento fez inclusive justiça a governos anteriores, na preservação da Amazonia.
Será que não merece um voto de confiança, o propósito manifestado de revisão e realização das novas metas anunciadas?
Ou, somente estariam certas as posições de intolerância e radicalismo, de quem não pensa no Brasil e torce sempre pelo “quanto pior melhor”?
É oportuno lembrar Churchill, o estadista inglês, que disse: "Não há mal nenhum em mudar de opinião. Contanto que seja para melhor.“.