Postado às 05h37 | 14 Abr 2023
Ney Lopes
Está sendo provado, que nem sempre o progresso da tecnologia traz benefícios para a sociedade e o ser humano.
É o caso do avanço na inteligência artificial, que é a capacidade de dispositivos eletrônicos funcionarem de maneira a lembrar o pensamento humano.
A Inteligência Artificial (IA) está presente nos aplicativos do celular, na televisão Smart, em dispositivos Alexa conectados à Internet e também no computador, quando acessado um sistema de busca.
Pode ainda configurar alarmes, fazer a previsão do tempo ou tocar uma playlist.
Isso implica na possibilidade de tomada de decisões e resolução de problemas, sem consultas prévias.
A Inteligência Artificial já é usada em quase todos os segmentos cientificios, técnicos e de negócios, devido à flexibilidade e rapidez da solução.
Com isso, os exemplos de aplicação dessa tecnologia incluem desenvolvimento estratégico, marketing digital, relacionamento com o consumidor, novos modelos de negócio e até controle de armamentos nas grandes potencias.
O uso da Inteligência Artificial na educação permite a um aluno estudar em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora e com muito mais eficiência, pois os conteúdos são disponibilizados de acordo com as necessidades individuais.
Até aí só benefícios.
Mas há o outro lado da moeda, que é a utilização da inteligência artificial na área militar, em controle de armamentos e até com riscos de decretação de um conflito, em função de informações colhidas.
Tanto Washington como Beijing investem em grandes proporções em grandes recursos na Inteligência Artificial, dando prioridade às questões de defesa, de coleta de informações sensíveis, de previsão e de antecipação, bem como de combate e de ataques táticos.
A guerra de amanhã será baseada em modelos de confrontação criados por computadores e toda a sorte de robôs.
Atualmente, testes nos EUA já mostram que um piloto de combate à base de robôs, guiado por meios de IA, derrota invariavelmente os melhores pilotos humanos.
Mais ainda, os pilotos de robôs já conseguem reajustar autonomamente a sua programação de combate durante a luta, de modo a saírem vencedores.
Ou seja, vão além do que os engenheiros previram, combinando em milésimos de segundo dados que alteram o curso da sua ação e lhes permitem ganhar.
A capacidade de ultrapassagem da programação humana, só irá acelerar. A criatividade artificial ultrapassará a humana.
Pelo visto, configura-se um grande risco para a humanidade, que deve contido, enquanto há tempo, por regras ético-políticas dos países.
Os líderes políticos, que tomarão a decisão mais crítica - atacar, sim ou não? - estarão nessa altura muito mais inclinados para seguir as recomendações vindas dos sistemas digitais
É um risco que deve ser levado em conta como objeto de reflexão e de decisão ético-política.
O desenvolvimento tecnológico não pode transformar-se em instrumento de destruição do planeta.
Em tempo - Um estudo do Goldman Sachs, citado pelo Financial Times, revela que os programas de inteligência artificial de criação de conteúdos podem extinguir 300 milhões de postos de trabalho.