Postado às 15h31 | 25 Nov 2020
Ney Lopes
Sem exageros podia-se dizer: o futebol tem dois gênios vivos, que seriam Maradona e Pelé (foto).
No início da tarde de hoje, subitamente, morreu Maradona de ataque cardíaco, em sua residência. O quinto dos oito filhos de um operário, foi criado na favela Villa Fiorito, próxima a Buenos Aires. Presenteado com a primeira bola de futebol quando criança, dormiu com ela debaixo do braço.
Ele levou a Argentina ao título da Copa do Mundo em 1986. Maradona vivenciou uma história da pobreza para a riqueza em sua terra natal, fanática por futebol. Um dos jogadores de futebol mais talentosos da história, o auge da glória de Maradona ocorreu quando ele capitaneou a Argentina ao triunfo no Mundial de 1986, antes de cair em desgraça ao ser expulso da Copa do Mundo de 1994 por doping.
Anos de uso de drogas, alimentação em excesso e alcoolismo truncaram uma carreira brilhante e alteraram sua aparência de atleta ágil para um viciado inchado que quase morreu de insuficiência cardíaca induzida por cocaína em 2000.Mas ele se reinventou em uma reviravolta impressionante em 2008 como técnico da seleção argentina.
Na Argentina, era adorado como ‘El Dios’. Em 1984, ele se transferiu para o Napoli em um contrato até então recorde de 7,5 milhões de dólares. Maradona ajudou o Napoli a conquistar o título italiano duas vezes, criando um novo conjunto de torcedores apaixonados.
Em 1991, as drogas e o álcool começaram a dominar sua vida. Naquele ano, Maradona foi condenado a 15 meses de suspensão do futebol mundial por doping, e acabou banido novamente por 15 meses, após o teste positivo para drogas na Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos.
Maradona reconhecia os seus erros e uma das suas frases famosas foi que “O futebol é o esporte mais bonito e saudável do mundo. O futebol não deveria pagar pelos meus erros. Não é culpa da bola”.
Que Deus o receba na Eternidade!