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Opinião: "Machadinho, o Monsenhor"

Postado às 07h59 | 28 Mai 2021

Assuense é o mais novo membro da Academia de Letras do RN ~ Alderi Dantas

Ney Lopes

Faleceu o jornalista João Batista Machado (Machadinho), 78. Sempre o chamava de Monsenhor.

Tratava a todos com lhaneza, sinceridade e vivia de bem com a vida.

Bom caráter, erudito, guardou em vida a virtude da gratidão, a mais edificante no ser humano.

Um amigo de longas datas.

Em jornais diferentes, trabalhamos na mesma época. Um ponto comum nos unia: a origem, na querida terra do Açu, conhecida como a “Atenas Norte-Rio-Grandense”, berço do meu pai.

É a segunda cidade mais antiga do Rio Grande do Norte

Lembrança - A mãe de Machadinho, dona Letícia, era muito amiga da minha avó, Mafalda. Ambas açuenses. Lembro conversas constantes delas, recordando a poesia nativa. Citavam João Lins Caldas Renato Caldas.

Livro - Dr. Ezequiel Fonseca (prefeito do Açu na década de 1930, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa do RN), editou livro, citando 36 poetas naturais de Açu ou, como diria Manuel Bandeira, “nascidos para a vida consciente na terra dos verdes carnaubais”.

Bravura – Nos seus depoimentos históricos sobre a “terra natal”, Machadinho citava a mítica “Guerra dos Bárbaros”, travada no Açu, entre os anos de 1687 e 1720, envolvendo os indígenas e os conquistadores da Coroa Portuguesa.

Historiador – A história e bastidores da política do RN estão descritos em inúmeros livros publicados pelo “Monsenhor”.

Era membro, por merecimento, da Academia Norte-rio-grandense de Letras, desde 2012.

Pesar – As sinceras condolências neste momento de dor, a sua esposa jornalista Salésia Santas, os filhos: João Ricardo e Ana Flávia, demais familiares e amigos.

Que Deus receba com todas honras Machadinho na Eternidade!

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