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Opinião: "Luzes e cores nas convenções partidárias americanas (Final)"

Postado às 17h56 | 17 Jul 2024

Ney Lopes

Em 2000, convidado do presidente do “Instituto Nacional Democrático”, Kenneth Wollack, participei em Los Angeles da Convenção, que escolheria Al Gore, candidato à sucessão de Clinton.

A derrota em 1992 machucou o ego de Bush. Escolheu o filho George W. Bush o “patinho feio” da família, rebelde, alcoólatra até os 40 anos, preso aos princípios religiosos da sua esposa Laura, após ter sido convertido em 1986, com a ajuda do Reverendo Billy Graham.

Os Democratas montaram a sua Convenção em suntuoso palco no Staples Center”, casa dos campeões do basquete “Los Angeles Lakers”.

No “show” da abertura, raios laser, azuis e vermelho (cores do partido) cruzavam o imponente cenário lotado.

O apogeu aconteceu com a chegada de Hilary Clinton, acompanhada dos acordes de “New York, New York”.

Em seguida, ergueram-se as mais de 35 mil pessoas e saudaram o Presidente Clinton, repetindo: “obrigado Clinton”.

Ele ao discursar enlouqueceu os correligionários. Contestou os republicanos, que atribuíam os sucessos do seu Governo a “sorte”. Afirmou que “a Presidência dos EEUU não é questão de sorte, mas de escolha”.

Curiosidades

Há curiosidades nas eleições americanas, a começar por mais de 70 partidos na disputa, incluindo Comunistas, Nazistas e da Maconha.

O voto não é obrigatório e pode ser colhido nas urnas instaladas em shoppings, prédios públicos, ou via Correio.

Achei estranha a forma de arrecadar o dinheiro da campanha.

Na Convenção Democrata, a GM colocou carros à venda, em benefício do Partido. Até “joias” eram vendidas. 

Os candidatos angariavam fundos com refeições de até U$ 5 mil dólares. Hillary arrecadou U$ 4 milhões, em festa com artistas de Hollywood

2024

Em 2024 será realizada a eleição mais atípica da história.

Não se trata de exaltar os democratas (até porque Biden não é o candidato ideal), mas lamentar ver o Partido Republicano, de tantas tradições em defesa das liberdades, amesquinhar a política e a vida pública, com o seu candidato tratando o adversário como inimigo, usando a máxima de “que os fins justificam os meios” para abate-lo.

Trump, através de nacionalismo xenofóbico, divide racialmente o país, fomenta o individualismo e aposta no conflito permanente, desinformação e medo.

Em defesa da democracia e da civilidade criaram-se várias organizações anti-Trump com militantes do próprio Partido Republicano.

Mesmo assim, ninguém duvide: Trump poderá eleger-se.

A sua estratégia é atrair parcela da população branca (72.4%.), com o slogan “Tornar a América grande novamente”.

Para os seus correligionários radicais, isso significa “uma República Cristã branca”.

Incrivelmente, existem adeptos ensandecidos e americanos, que desejam isso.

Bom lembrar, que na origem histórica dos EEUU consta a ética calvinista, que supervaloriza a riqueza e a raça.

Derrota ameaça Maduro adiar eleição

28 de julho próximo.

É a data marcada para as eleições presidenciais na Venezuela.

De acordo com o último levantamento do Datanalisis, cerca de 58% dos eleitores pretendem votar no ex-diplomata Edmundo González Urrutia (oposição), 22% no presidente Nicolás Maduro e 3% nos demais candidatos.

Apesar de estar 30 pontos porcentuais atrás de González nas pesquisas, o presidente ainda acredita que pode vencer a eleição. Porém, ele pode ser convencido de que seria mais fácil suspender as eleições, do que manipular a contagem dos votos.

Fala-se, que adiar as eleições é exatamente a estratégia de Maduro, ameaçado de derrota.

A história poderá repetir-se, quando Maduro foi reeleito fraudulentamente em 2018, com protestos generalizados.

Os paramilitares do regime mataram cerca de 7.000 pessoas, de acordo com o gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Em verdade, as democracias da região devem envolver-se o mais rapidamente possível nestas eleições venezuelanas.

O custo de não o fazer, será alto demais para todos.

Hoje na história

No dia 18 de julho de 1987 morria, em Recife (PE), Gilberto de Mello Freyre, sociólogo, antropólogo, historiador, escritor e pintor brasileiro. Ele foi um dos pioneiros no estudo histórico e sociológico dos territórios de colonização portuguesa como um todo.

Em um dia como hoje, no ano de 64, teve início o grande incêndio de Roma, que destruiu a cidade. Não há nenhuma evidência de que o imperador romano Nero tenha iniciado o incêndio ou estivesse tocando violino, enquanto ocorria a tragédia.

Dia Internacional de Nelson Mandela, sul-africano, que viveu para a cultura de paz e liberdade,

Em 1841 Pedro II, com 15 anos de idade, é coroado Imperador do Brasil após uma regência de 10 anos

 

 

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