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Opinião: "Luz no final do túnel"

Postado às 16h50 | 16 Jun 2020

Farmacêutico mostra um frasco de dexametasona.YVES HERMAN / REUTERS

Ney Lopes

Hoje uma luz se acendeu no tratamento do coronavirus, segundo divulgam todas as agências internacionais de notícias. Cientistas britânicos anunciam ter comprovado o tratamento com esteroides, em baixa dose de “dexametasona”, como grande avanço na luta contra o vírus mortal, em pacientes gravemente infectados.

A pesquisa (estudo clínico randômico, com o nome de “Recovery”) foi liderada por equipe da Universidade de Oxford, aplicada em cerca de 2 mil pacientes hospitalizados, que foram comparados com mais de 4 mil, que não receberam o medicamento. Para pacientes em respiradores, reduziu o risco de morte de 40% para 28%. Para pacientes que precisam de oxigênio, reduziu o risco de morte de 25% para 20%.

Se o medicamento tivesse sido usado para tratar pacientes no Reino Unido, desde o início da pandemia, até 5 mil vidas poderiam ter sido salvas, dizem os pesquisadores. O mais salutar na descoberta é que o tratamento, de até 10 dias, custa cerca de R$ 35 reais e é um medicamento disponível em todo o mundo, desde o início dos anos 1960 para tratar uma série de males, como artrite reumatoide e asma.

Deve ser usado com precaução em casos de diabetes, úlcera estomacal, osteoporose, doenças psiquiátricas, problemas no fígado ou rins, hipertensão, catarata ou glaucoma, herpes ativo, insuficiência cardíaca, tuberculose, entre outros.

O cientista britânico Peter Horby, pesquisador e co-líder do teste aplicado, disse que a “dexametasona” é "o único remédio até agora que reduziu a mortalidade — e a reduz significativamente". O coronavirus já matou quase 500 mil pessoas no mundo. A pesquisa divulgada, não tem ainda comprovação cientifica.

Porém, com a origem em Oxford, na Inglaterra, pode-se considerar “uma luz no final do túnel”, que poderá salvar muitas vidas, antes que a vacina seja descoberta.

Aleluia!

 

 

 

 

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