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Opinião: "Lula e José Mucio: dois conciliadores"

Postado às 05h16 | 12 Set 2023

Ney Lopes

No atual contexto político e administrativo há um personagem discreto e atuante, que presta inestimáveis serviços ao país. 

É o ministro da defesa, José Mucio Monteiro Filho, 74.

Político habilidoso e experiente, se auto define como um “construtor de pontes”.

Político - Foi deputado federal, quando exerceu vários cargos no Congresso Nacional e ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais de Lula (2007).

Indicado para o Tribunal de Contas da União, presidiu a Corte, antes da aposentadoria, em dezembro de 2020.

Prova de fogo - Com estilo conciliador tem fácil acesso a civis, militares e parlamentares de todas as correntes políticas.  

Nos primeiros dias à frente do Ministério da Defesa passou pela sua prova de fogo.

Percebeu certa dificuldade de diálogo, talvez pela contaminação política nas Forças Armadas, estimulada pelo ex-presidente Bolsonaro.

Ataques - A situação agravou-se com ataques de radicais às sedes dos três Poderes em Brasília, no domingo, 8 de janeiro.

O ministro optou por um caminho de diálogo com as instituições militares e foi à época incompreendido pelas facções radicais da esquerda.

O argumento era que seis dias antes dos atos de vandalismo, em Brasília, José Mucio dissera que as manifestações em frente aos quartéis faziam parte da democracia e deveriam se “esvair” aos poucos, sem repressão.

Riscos - A ala extremada entendia que o presidente estava em posição privilegiada de apoio político e que seria a hora de ir para cima dos militares.

O ministro José Mucio discordou e mostrou o seu pulso firme e solidário com o presidente Lula.

Comandou uma das áreas mais complexas do governo.

Resistiu a tais intenções e reafirmou com destemor e coragem  que as Forças Armadas não articularam o golpe.

Ao final, recebeu do presidente Lula a declaração de que fui eu quem o trouxe para cá vai continuar no cargo porque eu confio nele”.

Pacificador - No episódio descrito e outros, o ministro José Mucio se afirma a cada dia nas ações políticas e administrativas do atual governo.

Vale lembrar que nos seus dois primeiros governos, Lula teve boa relação com os militares, quando foram lançadas diversas bases para programas estratégicos, ainda em curso.

Coesão - O ministro José Mucio é uma voz de conciliação, que se soma a do presidente Lula, inegavelmente também um conciliador. 

A área militar que poderia ser a maior resistência ao governo, está coesa e sem tumultos.

É o resultado da experiência e lealdade do ministro da Defesa.

Por seu lado, Lula percebe, que sempre existirão riscos de antagonismos ao governo.

Nas decisões, ele adota a estratégia de usar a conciliação como meio de sobrevivência política e por isto não ouve àqueles – até integrantes da equipe ministerial –, que desejam desestabilizar o seu ministro da Defesa.

O resultado é que vem sendo construída, com eficiência, uma política pública de fomento da indústria de Defesa no Brasil, através da parceria Governo e Forças Armadas.

Olho aberto

D. Jaime - Consagradora a homenagem prestada a Dom Jaime Vieira Rocha, em missa no último sábado, celebrada na Catedral de Natal.

Presença maciça de autoridades e fiéis.

D. Jaime merece todas as honras.

Dedicou a sua vida ao pastoreio da Igreja.

Rússia – Sinal de que a Rússia não vai bem na guerra com a Ucrânia é que prepara uma nova mobilização forçada entre 400 mil e 700 mil recrutas, incluindo 40 mil chechenos.

Cachorro quente – No final de semana foi comemorado o dia do cachorro quente nos Estados Unidos.

Charles Feltman levou a salsicha alemã para a América do Norte, por volta de 1880.

O hot dog chegou ao Brasil em 1926, quando o empresário Francisco Serrador começou a vender o lanche em seus cinemas na região da Cinelândia, RJ.

Mulher - Instalada em Lisboa a livraria “Greta”, onde todos os livros à venda são escritos por mulheres.

 Além da venda de livros realizam-se debates sobre diversos temas da atualidade.

TAP - A Lufthansa entra na disputa pela compra da TAP, caso a empresa seja mesmo privatizada.

Não quer deixar espaço livre para as suas duas grandes concorrentes europeias: a IAG, consórcio que junta a British Airways e a Ibéria, e a Air France/KLM.

Nova York - O prefeito de Nova York Eric Adams está em pânico.

Acha que imigração destruirá a cidade.

Mais de 110.000 pessoas chegaram à capital financeira e turística, que tem 8,5 milhões de habitantes, em busca de asilo nos últimos ano e meio.

(Coluna publicada no jornal AGORA RN,  terça, quinta e sábado).

 

 

 

 

 

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