Postado às 05h45 | 30 Ago 2022
Ney Lopes
Sempre disse, que sem mudanças amplas na legislação eleitoral, política e partidária do país, jamais serão realizadas as reformas essenciais à modernização da democracia brasileira.
Infelizmente, os “donos de partidos”, com mandatos no Congresso Nacional, impedem essas mudanças.
Bolsonaro, que tanto condenou a velha política, acomodou-se e hoje aceita o que combateu.
Injustiça – Veja-se um obstáculo para maior renovação política, que é a distribuição injusta do espaço, no horário gratuito de TV e rádio.
Em primeiro lugar, não há nada de gratuito.
Todos os cidadãos pagam às empresas de comunicação, através de isenção no Imposto de Renda.
Em 2022 custará R$ 737 milhões.
Igualdade – O tempo no horário eleitoral gratuito deveria ser igual para os partidos.
Cada sigla administraria o seu espaço, transformado em debates entre os candidatos.
Apresentei projeto de lei na Câmara neste sentido, que está arquivado.
Justiça eleitoral - A justiça eleitoral definiria critérios, tudo entregue a uma consultoria jornalística contratada para esse fim, com formato de produção totalmente jornalística (perguntas desafiadoras), visando atrair o interesse do telespectador e do ouvinte.
Democracia - Este modelo teria papel educativo relevante.
Daria chance do eleitor melhor conhecer os partidos, as propostas, os candidatos e auxiliaria os indecisos.
Poderia ajudar a estabilidade da democracia brasileira.
Experiência - A Inglaterra já inovou.
Permite debates, todos com record de audiência.
Anteriormente, o destaque nas eleições inglesas era dos dois partidos tradicionais – trabalhistas e conservadores.
A inovação engrandeceu a democracia e serve de experiência para o mundo.
Impossibilidade – De que adiantam frações de segundos para a exposição do candidato?
Verdadeiro massacre, manipulado pela força do poder político e econômico, que aglutina partidos poderosos, em torno de candidatos tirados do “bolso do colete”.
Até quando esse cenário irá prevalecer nas eleições brasileiras?
RN – Salve o América Futebol Clube, que chega com méritos a série C do campeonato brasileiro.
Agora é torcer para o ABC chegar a série B.
Quem ganhará será o RN, com maior visibilidade do nosso futebol e aquecimento da economia, sobretudo dos pequenos comerciantes
Souza – Muitos colaboraram para a conquista do América.
Entre eles é necessário destacar a competência e responsabilidade de José Ivanaldo de Souza, atual presidente e maior ídolo da história do clube.
Ele merece aplausos.
Dedicou-se a reerguer o América e conseguiu.
Será? Já se diz que Bolsonaro não irá mais a nenhum debate.
D. Pedro I - A atual exposição “Um coração ardoroso: vida e legado de D. Pedro I” no Palácio do Itamaraty, em Brasília, integra as comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil.
Sesquicentenário – Em 1972, o RN recebeu os restos mortais de Pedro I, que integrava a pauta de comemorações dos 150 anos da nossa independência.
Á época, como chefe da Casa Civil do governo, presidi a Comissão do Sesquicentenário no estado.
Recebi Medalha da Presidência da República alusiva ao Sesquicentenário da Independência do Brasil, pela inestimável colaboração às comemorações em nosso estado.
Eólica - A Alemanha e a Dinamarca têm megaprojeto eólico offshore no valor de nove mil milhões de euros para reduzir a dependência energética da Rússia.
O projeto abastecerá 4,1 milhões de famílias, em 2030.
Subida – Divulgada a pesquisa do Instituto FSB, encomendada pelo BTG Pactual, após as entrevistas do JN.
A maior diferença foi do pedetista Ciro Gomes, que subiu de 6% para 9% nas intenções de voto.
A senadora Simone Tebet (MDB) oscilou de 3% para 4%.
Queda – A pesquisa revela que Lula apresentava 45% das intenções de voto no último levantamento. Agora, caiu para 43%. Bolsonaro manteve 36%.
Queda entre os dois candidatos de sete pontos.
Privilégio - Cristiane Brasil, filha do ex-deputado Roberto Jefferson, já recebeu R$ 2,5 milhões para fazer campanha em SP.
É mais que o dobro da quantia liberada para, por exemplo, Eduardo Cunha.
(Coluna publicada no jornal AGORA RN)