Postado às 06h39 | 21 Dez 2020
Ney Lopes
Idas e vindas é o que tem caracterizado ultimamente as ações do presidente Bolsonaro. As pesquisas são favoráveis ao chefe do governo.
Mas, o cenário político e administrativo se torna a cada dia mais instável. Até o seu fiel escudeiro general Pazuello discorda ao afirmar que é normal a decisão do STF impor restrições, a quem não tomar a vacina. Ao contrário, o presidente acusou o STF de “entrar em bola dividida”. O presidente disse que não terá vacina para todos. Pazuello afirmou que terá. Bolsonaro não se vacinará. Pazuello confirma que irá vacinar-se.
O ministro Paulo Guedes ouviu em SP recentemente, o presidente proclamar de alto e bom som, que é contra a privatização da Ceagesp - a Ceasa de São Paulo, opondo-se a um objetivo que colocou como prioritário em relação às estatais brasileiras.
A sua mística política era a nova política. No momento, aproxima-se do Centrão e do seu líder, deputado Artur Lira, que foi acusado pela PGR, de haver recebido propina de R$ 1,6 milhão do Grupo Queiroz Galvão.
Gerenciando a pandemia, Bolsonaro se contradiz, sobre as vacinas contra a Covid-19 e sobre a vacinação. Chegou a declarar: "eu não vou tomar vacina, e ponto final".
Na política externa aliou-se a Trump e ainda hoje mantém acesa a chama de opor-se ao novo presidente americano, por não ter feito nenhum gesto de aproximação.
Esse contexto não é definitivo. Em política há mudanças, ninguém duvida. Um dos fatores que podem ajudar o presidente seria ganhar as presidências da Câmara do senado.
Aliás, pelo andar da carruagem tudo indica que isso irá acontecer.
Daí por diante, estará nas mãos do Presidente dar um rumo mais estável ao seu governo.
Se o fizer terá chances de reeleição, pela falta de uma liderança consistente na oposição, até hoje.
Se continuar com o estilo atual, só Deus saberá o destino do Brasil.