Postado às 06h15 | 02 Mar 2021
Ney Lopes
Dra. Elisabete Ramos, presidente da Associação Portuguesa de Epidemiologia, assinou, juntamente com mais de cem especialistas, “carta aberta” pedindo “prioridade à abertura das escolas” e afirmando que esta é uma prioridade, que tem de vir já para cima da mesa”.
Em entrevista ao Diário de Notícias de Lisboa, ela declarou que "os benefícios de reabrir as escolas são nesta altura muito maiores do que os riscos que provêm da potencial infeção".
"O que se pretende com esta carta aberta é alertar para a relevância deste problema e para a necessidade de ser planejado, desde já o regresso ao ensino presencial" esclarece Elisabete Ramos.
É claro, que a especialista recomenda com ênfase todas as medidas sanitárias básicas e rigorosa fiscalização do poder público. Deixa claro que” há de serem criadas condições para tornar as escolas mais seguras".
A “carta aberta” considera que "este confinamento deixa consequências graves a vários níveis e contribui também para agravar as desigualdades sociais. Por isso é que fechar escolas é sempre a última medida”.
Interessante notar, que na opinião da Dra. Elisabete as escolas em funcionamento com um sistema de testagem, acrescenta vantagem adicional no combate a pandemia, pois funcionaria como um indicador da transmissão comunitária e permitiria agir de forma mais pronta e eficaz sobre eventuais aumentos de transmissão", numa hora em que se somam ainda as preocupações sobre a disseminação das novas variantes.
Este é um tema controvertido, porém as observações da presidente da Associação Portuguesa de Epidemiologia são sensatas e devem ser levadas em conta, por aqueles que no RN decidem sobre essa questão, em momento tão grave da pandemia.