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Opinião: "Energia eólica: o RN perde mais uma oportunidade"

Postado às 05h58 | 22 Out 2020

Ney Lopes

Se há setor da economia, que o RN vai bem é na geração de energia eólica.

Porém, esse sucesso deve ser creditado à obstinação e capacidade de empreender da iniciativa privada.

O atual governo estadual tem feito pouco (ou quase) nada, salvo “prestigiar lobbies amigos” e tirar fotos em solenidades de projetos que aqui se implantam. O papel do governo seria preservar o pioneirismo do Estado na geração dessa energia e estimular a inovação, através da instalação de parques eólicos “off shore”, em nossa costa.

O que significam esses “parques”? Simplesmente, representam o futuro da energia eólica global. Neles, ao invés do solo, as turbinas eólicas erguem-se longe da costa e utilizam os fluxos de ar que sopram da terra para o mar. Elas geralmente estão localizadas em locais afastados das rotas de tráfego marinho, das instalações estratégicas navais e dos espaços de interesse ecológico.

A grande diferença dessa nova tecnologia é a capacidade de produção, dez vezes superior à atual.

A bem da verdade, falou-se numa usina eólica “offshore” da Petrobras, no polo de Guamaré, RN. Com as últimas decisões do governo federal, que praticamente afastam a estatal do nosso estado, esse assunto continua na “gaveta”, quando a classe política deveria reivindicar a instalação dessa usina, até como recompensa pelo que perdemos. Entretanto, “tutti buona gente!.

Empresários da terra insistem, mas o governo se omite.

Resultado: sabe quem irá instalar em breve um vasto parque eólico “off shore”?

Como sempre, o estado do Ceará.

Para variar, o RN perde mais uma. A multinacional chinesa “Mingyang Smart Energy” firmou ontem, 21, em Fortaleza, parceria nesse sentido, com o complexo industrial do PECÉM, a futura área de livre comércio cearense (outra grande derrota para o RN).

Sabe qual é a principal razão alegada?

O fato do Ceará ser ponto geográfico mais estratégico da América, o que é “conversa pra inglês ver”.  

Esse perfil é indiscutivelmente do RN, desde o descobrimento em 1500.

Enquanto isso, os potiguares de “bico calado”.

Só resta chorar, mais uma derrota. Perdemos mais uma oportunidade!

 

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