Postado às 07h42 | 30 Abr 2020
Ney Lopes
Queira Deus, que a calmaria volte à Brasília, depois da decisão de tornar sem efeito a nomeação de Alexandre Ramagem para a Polícia Federal e a posse do novo Ministro da Justiça.
O recuo não deixa de ser sinalização de respeito ao Judiciário De agora por diante, a semeadura da Paz será missão de todos os poderes, no sentido de evitar polemicas e convergir para o objetivo comum, que é o combate ao vírus.
Talvez, uma primeira providencia seja o Presidente evitar aglomerações à porta do Palácio Alvorada todas as manhãs e nos finais de tarde, com “gritos de guerra” de seus correligionários. Hoje, 29, até deputados aliados fizeram pré-comício, com ataques generalizados. Afinal, não serão essas demonstrações de poucas pessoas, que demonstrarão a popularidade, ou a estabilidade do Governo.
Servem apenas para exacerbar os ânimos e ao calor da emoção, muitas vezes, o Presidente, com o seu estilo de dizer “o que pensa”, solta certas palavras ou expressões, que terminam fora do contexto, ou mal interpretadas. O melhor será evitar. Caso o Presidente deseje atender à imprensa, que o faça em local mais adequado, que poderia ser inclusive no Palácio do Planalto, sem formalidades, caso deseje ser espontâneo. Não leva a nada, todos os dias ataques a órgãos de comunicação, a governadores e prefeitos.
Por outro lado, o governador João Doria de SP segue na mesma trilha. Apresenta-se diariamente em coletiva de imprensa e solta “recados” para o Presidente, as vezes em resposta aos que recebeu pela manhã. Verdadeiro “bate boca”, sem sentido.
Na política, como na vida, é sempre bom aprender a lição, de que “quem semeia ventos, colhe tempestades”!