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Opinião do Blog: "Obama e Lula"

Postado às 05h54 | 04 Jun 2020

Ney Lopes

O ex-presidente Obama usou as redes sociais e falou ontem, 03, sobre os protestos nas ruas dos Estados Unidos. Pronunciamento de estadista. Cabe análise comparativa, entre as posições de Obama e do ex-presidente Lula. Ambos de oposição. O líder americano usou linguagem propositiva.

Falou linguagem coloquial e humana. Dirigiu-se aos jovens e se disse “orgulhoso deles”. Demonstrou o esforço feito nos seus períodos de governo, para enfrentar as questões racistas. Lembrou que na presente pandemia, os índices de mortes são maiores entre os negros.

Não citou a causa. Mas se sabe, que Trump “revogou” a lei do “Obama care”, o maior projeto de mudança no sistema de saúde dos Estados Unidos, para beneficiar os mais pobres, principalmente negros. Obama reavivou o sentimento de “esperança”, de que o país poderá fazer melhor.

E completou: “Eu descartei a violência”. No início da semana, Trump, indevidamente com a Bíblia nas mãos, ao invés de enfrentar as questões fundamentais para erradicar o racismo, ameaçou usar o Exército, como instrumento de repressão. Não se nega que o vandalismo deve ser combatido.

Porém, quem assim age é minoria. As multidões esperam a abertura da porta do “diálogo”, que possam gerar soluções práticas e urgentes no combate à discriminação racial.

Qual a comparação de Obama, com Lula?

O ex-presidente brasileiro em vários pronunciamentos que fez não apelou para a “união nacional”, nem apresentou propostas viáveis para a crise nacional. Limita-se a usar linguagem de “palanque”.

Chamado para assinar um manifesto “em defesa da democracia”, alegou que “não seria maria, vai com as outras” e condenou as “certas pessoas” que haviam firmado a declaração. Enquanto isso, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, elogiou o documento.

Aliados históricos de Lula fizeram o mesmo. Quer dizer: destilou ressentimentos, o que não se permite a um ex-presidente da República

Os fatos mostram dois estilos opostos: Obama, pregando o humanismo e a esperança. Lula, instigando a discórdia e a desesperança.

 

 

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