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Opinião do blog: "Retrato 3x4 do Brasil de hoje"

Postado às 16h40 | 01 Jul 2020

Ney Lopes

Pesquisa divulgada nesta quarta, 1, ouviu 2.000 pessoas entre 27 e 30 de junho e traz dados surpreendentes sobre o apoio à Bolsonaro e a queda de imagem de Moro e Paulo Guedes. A pesquisa é do “Atlas Político”, organização para inteligência de dados e engajamento político.

Fora do Governo, a popularidade do ex-ministro da Justiça continua em queda. A aprovação ao desempenho do presidente se estabilizou em 32%.

A rejeição ao seu Governo baixou de 58% para 56%, contra 25% de aprovação. Os analistas consideram que Bolsonaro conseguiu conter a sangria de popularidade, que o abateu a partir da demissão de Moro, agravada pela condução da pandemia. Os números mostram que a saída de Moro foi mais catastrófica para o presidente, do que a prisão do Queiroz, ou o constrangimento com Decotelli.

O cenário político revelado mostra que a polarização entre bolsonaristas e a esquerda ganhou uma terceira força com a ascensão da centro-direita, fortalecida por dissidentes do bolsonarismo, possíveis concorrentes em 2022. Moro é um deles, embora após atingir 57% de popularidade, agora cai para 37%. Aqueles que o avaliam negativamente aumentaram de 31% para 50%.

Outro atingido pela separação entre Moro e Bolsonaro é o ministro Paulo Guedes. A sua rejeição subiu de 38% para 50%. Mesmo assim, Guedes tem índice maior que o presidente.

O ex-ministro Mandeta tem 50% de aprovação, mas já alcançou 63%. Pela primeira vez é medida a rejeição ao General Mourão, que atinge 46%.

O nome mais popular da esquerda continua sendo o ex-presidente Lula (28%), seguido por Fernando Haddad (24%) e Ciro Gomes (23%).Sobre a volta de um regime de exceção, 87¨é contra e 7% a favor.

O impeachment de Bolsonaro é defendido por 55%. Sobre a pandemia, 77% teme contrair a doença, enquanto 73% concorda com o isolamento imposto por prefeitos e governadores. Curiosamente, 48% respondem ter saído de casa no dia anterior ao questionário.

Pela credibilidade do “Atlas Político”, integrado por elite de professores em ciência política, a pesquisa sugere um retrato 3x4 do Brasil de hoje.

 

 

 

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