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Opinião do blog: "Já começou a campanha de 2022"

Postado às 06h07 | 12 Mai 2020

Ney Lopes

Até ontem, 10, a reeleição de Bolsonaro era qualificada por ele como “coisa” da imprensa, que o combate. Porém, num “arroubo” que lhe é típico, o presidente declarou: “Vou sair do Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro de 2027”. Candidatíssimo, portanto.

Na campanha, ele “jurou de pé junto”, que reeleição era ato de corrupção e jamais pretenderia. Vejam-se a seguir, algumas declarações sobre este assunto. Em 20.10.18: “o que eu pretendo é fazer uma excelente reforma política e acabar com o instituto da reeleição -VEJA”.

Em 31.5.19: um dos grandes problemas do Brasil na política é a reeleição. O cara chega ao final do primeiro mandato dele, ou ele quer continuar no poder, que lhe deu fama e prestígio, ou ele quer continuar porque se o outro, o adversário, assumir vai levantar os esqueletos que ele tem no armário - GLOBO”.

Em 6.2.20: "Não estou preocupado com reeleição. Podem continuar escrevendo. Não vou brochar para atender vocês pensando em reeleição. Eu sou imbrochável - FOLHA".

Em 19.7.19: “Não teremos mais pessoas como Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma, reeleitos e governando o Brasil. O povo entendeu que essas pessoas não representavam o interesse do seu país – CORREIO BRAZILIENSE”.

Bolsonaro passa a ser o primeiro presidente, que mais cedo falou publicamente em reeleição. Os sinais são de que pensa mais em reeleição, do que no próprio governo e adota o estilo de combater a “corrupção” e a “velha política”.

Aposta na tática do confronto, para somar votos dos apoiadores radicais. Ao lado disso, também “aglutina” simpatias. Conseguiu apoio das igrejas protestantes, acomodou os interesses militares com substancial aumento de vencimentos (hoje um General, com as vantagens, aproximadamente iguala-se ao ministro do STF, com repercussão nos demais postos da carreira), festeja os “caminhoneiros”, atende a chamada “avenida Paulista”, através do “czar” Paulo Guedes. Contra fatos não há argumentos, independente da opinião de cada um.

Em plena pandemia, a campanha de 2022 já começou.

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