Postado às 05h41 | 08 Jun 2020
Ney Lopes
Terminamos a semana e iniciamos outra. Continua o enfrentamento da maior tragédia na história brasileira, que é a pandemia. Vejamos alguns fatos marcantes.
O Papa Francisco mencionou, durante a cerimônia do Ângelus, a dolorosa estatística de uma morte por minuto e orou pelos brasileiros.
Empresário milionário, convidado pelo presidente, para “aconselhar” o Ministério da Saúde (sem ter nenhuma experiência nessa área), a primeira “sugestão” que deu foi “recontar” os mortos, por considerar a divulgação até agora “fantasiosa”. As misturas de agressão às vítimas, com despreparo para o cargo, causaram péssima repercussão. O “conselheiro presidencial” percebeu e recusou o cargo. Pelo menos, teve autocrítica.
No Reino Unido, o jornal britânico Financial Times publicou editorial, que levanta dúvidas sobre o compromisso de Bolsonaro, com a democracia e as instituições democráticas. Esse fato é preocupante, em razão da deterioração da imagem do país, cuja consequência mais drástica será afastar investidores, que jamais colocarão o seu dinheiro, onde haja viés autoritário.
Em entrevista na Globo News, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os ex-ministros Ciro Gomes e Marina Silva reforçaram a necessidade de união de lideranças políticas contra retrocessos democráticos.
Posição lúcida, que não significa adesismo, ou conluio, nem se propõe a juntar azeite com água. Cada grupo preservará suas ideias. Apenas, defenderá que, para implementá-las, a Democracia será indispensável.
Por fim, neste turbilhão de ocorrências, a noite do domingo, 07, terminou com o Ministério da Saúde confundindo informações sobre a evolução da pandemia. Primeiro, comunicou 12.581 novos casos e 1.382 mortes nas últimas 24 horas.
Uma hora depois, surgiram outros números: 525 óbitos registrados em um dia e 18.912 pessoas infectadas entre sábado e domingo. Esse desencontro ocorre, no ministério que cuida da saúde pública e quando o Brasil é o segundo país em infectados e o terceiro em mortes, no mundo.
Só resta pedir, que a oração do Papa Francisco proteja a nossa gente!