Postado às 04h48 | 05 Jun 2020
Ney Lopes
“Folha de São Paulo” de hoje, 5, circula com fundo preto, em sinal de pesar nacional. Registra o jornal: “Bastaram cem dias, completados nesta quinta-feira (4), para que a doença já descrita como “gripezinha” passasse a matar um brasileiro por minuto. Desde o 1º diagnóstico da Covid-19, em 25 de fevereiro em São Paulo, até este 4 de junho, 34.021 pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus.
O saldo supera neste mesmo dia o da Itália, primeiro símbolo da tragédia, onde o vírus se instalou antes, em janeiro, e faz do país o 3º em óbitos na pandemia. O Brasil alcança a triste marca no momento em que governadores e prefeitos arrefecem medidas de isolamento social e o governo federal pede o fim da quarentena. Infectologistas, epidemiologistas e outros estudiosos, contudo, alertam que o pico da crise —o auge das mortes, quando elas passarão a diminuir— ainda está por vir. Enquanto você lia este texto, mais um brasileiro morreu por causa do coronavírus”.
Dispensa comentários o texto transcrito. Fala por si só. O único caminho a ser adotado de agora por diante, serão as ações coordenadas, que mudem de orientação a cada nova informação, ou descoberta relevante. Ter humildade para recuar, diante de evidencias e buscar minimizar as perdas, que não são apenas econômicas.
As perdas reais, irrecuperáveis e irreversíveis, serão as vidas. A economia pode ser reconstruída.
As vidas humanas, não. Necessário ter esperança.
Ainda há tempo para o bom senso, na condução do combate à pandemia.