Postado às 04h58 | 31 Mai 2020
Ney Lopes
Gravíssimo o que acontece em Minneapolis, Estados Unidos. A morte de um homem negro, 46, foi o estopim dos distúrbios na cidade. Ele foi asfixiado até a morte, por um policial branco, na última segunda, 25. Transeuntes filmaram a cena, que mostra o policial colocando o peso do corpo em seu joelho, apoiado contra o pescoço da vítima, que não esboçou reação e estava com mãos para trás. Após oito minutos de massacre, o negro morreu.
Barbaridade, no país mais rico do mundo!
O massacre gerou protestos populares, agravados pela intolerância do presidente Trump, que logo após o episódio, usou o “twitter”, chamou os manifestantes de “bandidos” e sugeriu que poderia iniciar um “tiroteio” contra eles. A mensagem de Trump enalteceu de tal forma a violência, que causou alerta da própria rede de “twitter”, por violar as regras”.
Na verdade, Trump usou o infausto acontecimento, como instrumento político para contestar o governador de Minnesota e o prefeito de Minneapolis, que são democratas, acusando-os de “fracos”. Agindo dessa forma, Trump é o responsável pelo clima de violência racista, além de atacar a mídia e redes sociais, a quem acusa de mentir, de ser pouco confiável.
Neste contexto, ele se coloca, pessoalmente, como a única “fonte de verdade”. Os “outros” são todos mentirosos. O resultado é que os protestos de Minneapolis se alastraram para Nova York, Denver, Phoenix, Columbia e Ohio. As sandices do presidente tentam minar a confiança nas instituições democráticas. Trump segue o estilo populista de líderes como Hugo Chávez, Perón e Silvio Berlusconi, que reformularam o legado do fascismo, e puseram em risco as liberdades democráticas.
Resumindo: o populismo atual é o fascismo adaptado à democracia. Ainda bem que, 58% dos americanos classificam como “ruins” as relações raciais no país; 56% acham que o presidente Donald Trump tornou as relações raciais ainda piores e 80% consideram que a herança da escravidão prejudica os negros ainda hoje nos EUA.
Só resta lembrar a música patriótica americana "God Bless America" (Deus Salve a América!).