Postado às 06h56 | 24 Ago 2021
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga merece aplauso pelo seu desempenho, competência e equilíbrio no combate à pandemia.
Entretanto, observa-se o silencio da mídia e das áreas cientificas.
Será discriminação por ele ser nordestino, originário de um estado pequeno?
Ou, pela razão dele ter o direito legítimo de ser correligionário do presidente Bolsonaro, tendo demonstrado posições firmes e pessoais, quando necessário, em matéria de saúde pública?
O ministro Queiroga avança sempre, com segurança e boa-fé.
Se ele é bolsonarista ou não, pouco interessa.
Homem simples, não “arrota” autossuficiência” cientifica. Mostra apenas, que é um excelente profissional da saúde e ponderado
O ministro já se manifesta favorável a oferecer a terceira dose das vacinas.
As aplicações variarão entre três a oito meses, depois da segunda dose. As aplicações variarão entre três a oito meses, depois da segunda dose.
Desde o fim de julho, Israel oferta terceiras doses da vacina da Pfizer a pessoas com mais de 60 anos.
O Ministério da Saúde do Uruguai começou a oferecer terceiras doses para aqueles que receberam a Coronavac.
Para o Brasil caminhar em busca de uma “indispensável trégua política”, impõe-se a abertura de espaço de reconhecimento e incentivo ao trabalho sério que o ministro da Saúde Marcelo Queiroga vem realizando, no combate a pandemia.
Não se justifica essa busca irrefreável do “sexo dos anjos” para politicamente encontrar “culpados” a todo custo.
A pandemia é desconhecida desde o seu início, logo torna-se difícil condenar antecipadamente pessoas, por omissão, ou dolo.
Exigem-se medidas urgentes de combate, entre “erros e acertos”. Possíveis infrações que não prescrevam serão apuradas depois.
Aliás, a propósito desse último tema, o senador Rodrigo Pacheco (MG) tem aplaudido publicamente essas qualidades de empenho e eficiência do nosso Ministro da Saúde.
Para ter esse reconhecimento, não é necessário ser bolsonarista.
Apenas, torcer pelo Brasil!
O presidente do Senador tem razão!
Continua inquieta a conjuntura política e administrativa do país.
Os analistas falam ultimamente em um desenho curiosíssimo para o PP apoiar Bolsonaro em 2022.
Duas condições estariam sendo colocadas: primeiro, a liberação de todos os diretórios regionais dos Progressistas para apoiarem e fazerem alianças proporcionais com quem quiserem nas eleições do ano que vem, inclusive o PT nos estados do Nordeste.
Outra é o PP apoiar Bolsonaro para presidente da República, independente da chapa na coligação proporcional, se aprovada.
Enquanto isso, tramitam as “batatas quentes” dos pedidos de “impeachment” de Bolsonaro e Alexandre Moraes.
Na prática, certamente não acontecerá nada.
Todavia, não há previsão de “céu de brigadeiro”.
Bolsonaro já anuncia duas manifestações públicas para inflamar a sua militância, no Sete de Setembro.
Nesse particular, o STF poderia ter “contido” a decisão do Planalto e agir com a cautela de não proibir a circulação na Praça dos Três Poderes.
Partiu logo para punir e prender.
Numa situação delicada como a que vive o país, realmente justificam-se as ações jurídicas e políticas preventivas para evitar a prática de infrações penais e preservação da integridade física e psicológica dos Ministros, Senadores, servidores ali lotados, bem como do público em geral que diariamente frequenta e transita nas imediações.
A medida máxima de "puxar a corda" e rompe-la, de nada adiantará.
Com toda certeza, só agravará.
Ney Lopes – jornalista, advogado, ex-deputado federal; ex-presidente do Parlamento Latino Americano (PARLATINO); e- Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara; procurador federal; professor de Direito Constitucional da UFRN – nl@neylopes.com.br – blogdoneylopes.com.br