Opinião: "Como será o Natal de 2020?"
Postado às 05h47 | 27 Nov 2020
Ney Lopes
Aproxima-se o Natal de 2020 e se debate na mídia como será a festa neste ano de pandemia.
A OMS disse que em termos individuais devem ser evitadas as reuniões familiares. Essa seria "a aposta mais segura" durante o Natal, porque não existe risco zero nos ajuntamentos familiares. A OMS também reconheceu, que em termos coletivos os governos têm de pesar vários fatores, além da saúde pública.
Alguns países europeus já admitem de confinamento gradual, mas alertam que a lição do verão não deve ser esquecida, afrouxando demasiado depressa. O levantamento das restrições pode levar a um aumento do número de casos. A verdade é que há menor ou maior risco, mas há um risco sobre as reuniões familiares. Isto é difícil, porque em especial durante o Natal todos querem estar com a família, mas a melhor decisão será não ter essa reunião familiar, em função dos índices de propagação do vírus à época
. A Alemanha, bateu o recorde diário de óbitos de covid, 410 e a chanceler Ângela Merkel aperta as restrições até dia 23 de dezembro. Ela enfrenta protestos inconsequentes e de fanáticos contra as medidas sanitárias.
Na Espanha, nada decidido, mas o governo planeja recomendações de reuniões sociais até seis pessoas "de preferência no em áreas abertas", em esplanadas de restaurantes ou em outros espaços livres.
Na França, o governo pretende suspender o confinamento no dia 15 de dezembro.
A situação na Itália é mais grave. O governo ainda discute sobre como enfrentar o mês de dezembro. O país foi o primeiro a ser atingido na Europa pela pandemia e apresenta os maiores números de mortos, desde março. Na Inglaterra, o primeiro-ministro Boris Johnson preconiza que o Natal "não pode ser normal e há um longo caminho de restrições a percorrer”.
No Brasil, o Presidente Bolsonaro declarou ontem, 26, que nunca chamou a Covid 19 de “gripezinha” e a mídia (ver Estado de hoje) publica vídeos ele usando várias vezes essa expressão.
Diante de tantas controvérsias e apreensões, só resta acreditar no milagre, de que até o Natal a vacina começará a dar resultados.
