Postado às 06h17 | 22 Mar 2021
Ney Lopes
Publicada carta da maior importância neste domingo firmado por economistas, ex-ministros, banqueiros e empresários, pedindo ao poder público medidas mais eficazes de combate à pandemia do coronavírus.
A carta recebeu mais de 500 assinaturas e deve ser encaminhada a representantes dos três Poderes.
O texto cita como medidas urgentes, acelerar o ritmo da vacinação contra Covid-19, distribuir máscaras gratuitamente e orientar sua utilização, implantar medidas de distanciamento social e criar uma instância nacional de coordenação das medidas.
Os subscritores consideram a situação como "desoladora" e criticam a atuação do governo federal até agora. “Essa recessão [...] não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal. Este subutiliza e utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia”.
Segundo a carta, a redução da atividade custou uma perda de arrecadação de tributos de R$ 58 bilhões no âmbito federal.
O atraso na imunização, por sua vez, irá custar R$ 131,4 bilhões em termos de produto ou renda não gerada. Outro ponto da carta fala sobre a necessidade de integração das diferentes esferas de poder na adoção de medidas para evitar a propagação da Covid-19 e cita experiências internacionais bem-sucedidas de adoção de lockdown.
O documento conclui dizendo: “"A necessidade de adotar um lockdown nacional ou regional deveria ser avaliado. É urgente que os diferentes níveis de governo estejam preparados para implementar um lockdown emergencial, definindo critérios para a sua adoção em termos de escopo, abrangência das atividades cobertas, cronograma de implementação e duração”.
Esse manifesto não é de comunistas, petistas, ou adversários do presidente. Ele é assinado pela elite econômica e intelectual do país. Deus queira que abra os olhos do governo para dar as mãos, numa unidade nacional, em combate a pandemia, que ameaça destruir a Nação.