Postado às 16h16 | 15 Jun 2020
Ney Lopes
Na sequência de turbulências políticas ganha repercussão a iniciativa do MP, que determinou neste domingo.14, abertura de investigação sobre o protesto, em que foram disparados fogos contra o prédio do STF.A primeira consequência foi a prisão hoje, 15, da ativista Sara Winter, e outros, apontados como responsáveis.
Sara é apoiadora do presidente. Ela teve forte atuação no movimento “Femen” criado na Ucrânia, que se popularizou na Europa por manifestações, nas quais usa o topless para atrair atenção da mídia e chocar a sociedade. A identificação com o movimento chegou a motivar uma ida de Winter ao país, onde ela aprendeu como arrecadar recursos e planejar protestos.
Outro fato inusitado, que colabora para as tensões políticas, foi a intempestiva participação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, andando nas ruas da capital federal, ao lado de manifestantes bolsonaristas que se concentraram em frente ao Ministério da Agricultura. Chegou a ser multado pelo governo do DF, por estar sem máscara de proteção. Já se comenta na mídia, que o presidente articula a sua saída do Ministério. Realmente, Weintraub tem exposto o presidente a desgastes desnecessários.
Exemplos foram as investidas contra a China e aos ministros do STF. Neste contexto, ainda merece especial atenção, a nota do Presidente do STF, condenando, com veemência, o ataque a instituição, que classificou como lesão, que atinge “todas as instituições democraticamente constituídas”.
Há poucos dias, ato semelhante de vandalismo ocorreu, quando manifestante jogou lata de tinta vermelha, na frente da rampa do Palácio do Planalto, em protesto contra o governo. Essas ocorrências, que se repetem, causam preocupação. O que se deseja é que os poderes constituídos encontrem o ponto de equilíbrio de uma convivência pacífica e respeitosa.
Do contrário, quem pagará a conta da desordem, será o povo brasileiro.
É tempo de dizer “basta”!