Postado às 06h32 | 22 Fev 2023
Ney Lopes
Volto ao blog, após parar um pouco.
Fiz antes do carnaval, o que gosto muito, um cruzeiro marítimo.
Agora, na costa da França, Itália e Espanha.
Digo sempre, que viajar, “analisando” os povos e locais visitados, equivale a leitura de um bom livro.
Incorpora muitos conhecimentos.
Observei alguns fatos curiosos, que até servem como “avisos” e “prevenção” para quem deseje fazer viagem semelhante.
O navio – O cruzeiro foi no navio “Belíssima” da empresa MSC, recentemente lançado ao mar.
Verdadeira cidade flutuante, com 14 decks (andares), capacidade para cerca de 5.686 (máximo) passageiros e quase 200 mil toneladas.
O proprietário da MSC Gianluigi Aponte é um “sortudo” bilionário italiano, de Sorrento.
Ele era um jovem marinheiro, ex-caixa bancário e comandava navios de cruzeiros, quando conheceu Rafaela Aponte, com quem se casou.
Rafaela está entre as 20 bilionárias mais ricas do mundo, na lista Forbes (2017).
Prós e contra – A estrutura física do “Belíssima” é moderna.
Cabines confortáveis.
A comida é o trivial, com opções de restaurantes, não incluídos na tarifa.
O serviço em geral deixa a desejar.
Tripulante disse que houve queda de serviços, quando a empresa optou por terceirizar e contratar asiáticos, que chegam a trabalhar 14 horas por dia, sem direitos.
São poucos brasileiros empregados no barco, por não aceitarem esse regime de trabalho.
Excursões – Uma dica: as excursões para visitas a pontos turísticos, vendidas no navio, são caríssimas.
É possível contratar passeios, após o desembarque, e até carro personalizado, por preços menores.
Os pacotes de “bebidas” vendidos são restritos aos produtos selecionados pelo navio.
Não compensam.
Assistência insuficiente para embarque e desembarque de incapazes físicos.
Compras – O navio dispõe de galeria interna, de dois andares, um teto LED de 96 metros de comprimento, lojas e restaurantes.
Há ofertas de boas promoções de artigos variados.
Curiosidade & Pirataria I– Em março, o “Belíssima” irá para o Japão.
Uma tripulante relatou a “verdadeira” epopeia, que será a viagem para o Japão, na qual ela irá.
Em pleno século XXI, ainda existe no mundo a “pirataria”, que com ousadia conquista riquezas nos mares.
Curiosidade & Pirataria II - Após o canal de Suez, existe o risco de ataques piratas, preferencialmente os cargueiros.
Já houve casos em navios de passageiros.
Nas viagens para esses locais, as empresas de Cruzeiros remetem, via aérea, produtos e bens de valor da embarcação, para evitar roubos.
Segurança armada é montada, durante todo o percurso, além de acompanhamento da guarda costeira.
Curiosidade & Pirataria II - A maior parte da pirataria ocorre no Golfo de Aden, no Oceano Índico entre o Iêmen, o Mar da Arábia, Djibouti e a Somália.
Nestes trechos, todas as luzes do navio são apagadas à noite; e mecanismos de defesa como canhões de água e tecnologia de explosão sônica acionados.
Curiosidade & Pirataria III- Hoje, o principal objetivo dos piratas é pedir resgate por sequestro da tripulação. Somente entre janeiro e maio de 2011foram registrados mais de 200 ataques piratas no mundo
Conclusão I – Tenho preferência por cruzeiros marítimos, desde que seja em empresa de navegação de bom conceito.
É uma forma agradável e mais econômica de viajar.
Na tarifa incluem-se transporte, hospedagem, alimentações e entretenimentos.
O pagamento chega a ser parcelado em 12 prestações, sem juros.
Conclusão II - Nunca havia feito cruzeiro em navio da dimensão gigantesca do “Belíssima”.
Realmente, não deixou boa impressão.
O preferível seria embarcação de no máximo 2 mil passageiros, com serviço mais cuidadoso.
Para confirmar se essa conclusão é verdadeira, pretendo viajar em outros navios da classe “Meraviglia”, da MSC.
A maior curiosidade é conhecer o MSC Grandiosa, o terceiro navio da geração Meraviglia a entrar para a frota da MSC Cruzeiros.
Dizem ser o melhor de todos.
Entretanto, em qualquer circunstância, o importante é viajar para trocar experiências, viver emoções únicas, sobretudo em companhia de familiares, que ficam marcadas não só em fotos, mais sobretudo na memória afetiva de cada um.
O cruzeiro marítimo é uma das melhores formas de alcançar esses objetivos.
Uma recomendação importante: ao chegar a um país confira e verifique se realmente o funcionário do controle de passaporte “carimbou” o seu passaporte.
Essa é a autorização de entrada, sem a qual o viajante é considerado clandestino.
Normalmante, se recebe o passaporte da polícia de fronteiras, sem conferir o visto de entrada.
Por experiência própria, aconselho mudança desse hábito.
Em Lisboa, a agente alfandegária não carimbou o passaporte de minha esposa.
Quase colocou em risco a nossa viagem.
O que salvou foi guardar o ticket da passagem aérea, mostrando a saída de Natal.
Sem isso, a viagem teria terminado, sem começar.
Artigo publicado no jornal de Natal AGORA RN (coluna "por trás da notícia") e em Brasília, DF, no Diário do Poder